Olivaldo Junior
Ladrilhada de brilhante,
ou “sujinha” de poeira,
Poesia é todo instante
que se pega na “peneira”.
Canto triste, na ribeira,
denuncia o poetinha
que se dera à cordilheira,
poesia que ele tinha.
Vaga-lumes incendeiam
a plateia de meninos:
são poetas que semeiam
poesia aos pequeninos.
Poesia, forma vaga,
lua fixa a nós defronte,
cada verso é tua baga
neste cacho de horizonte.
O barquinho, Poesia,
de mil versos carregado,
desemboca n’alegria
do oceano desdobrado.
Castro Alves, bom poeta,
como um grande cantador,
conquistou a nobre meta
de expurgar do negro a dor.
No seu dia, Poesia,
todo mundo fica atento:
a metáfora, tardia,
busca o pé até do vento!
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