LAVRANDO LETRAS
No dia da Poesia
Lídia Sendin
Lavrando as letras como o homem lavra
A terra fofa ao amanhecer,
Busco minhas rimas em cada palavra,
Vendo na linha meu verso nascer.
Revolve a terra rústico peão,
Enquanto revolvo a minha memória.
Da terra boa vem a ele o pão,
Da branca folha vem a minha história.
Todas as folhas que lhe são paridas,
Todos os frutos que pode colher,
São quais metáforas para mim nascidas
Gerando versos que posso escrever.
Cada semente que da terra brota
E lhe parece como um filho seu,
É como rima que a poesia adota,
Nascendo um verso que é um filho meu
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