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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

TRAGÉDIAS



 Esio Antonio Pezzato

Na evolução do tempo a Terra é um ser pulsante:
Vibra, respira, chora e ao sentir-se agredida
Estertora seu ódio em fúria desmedida,
E abre fendas de fogo em forma anavalhante.

O homem, porém não sente essa explosão de vida
Que palpita em furor e freme fulminante.
E insano a sua crosta em angústia gritante
Abrindo socavões ele a deixa ferida.

Um dia a Terra envolta em sofrimento tanto,
Regurgita em vulcões, encrespa a água dos rios,
As montanhas explode em desespero e espanto.

Cobrando de uma vez o seu martírio todo,
Com seu urro medonho e com modos bravios,
A superfície cobre em lágrimas de lodo.

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