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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

QUE SE MUDE A ALMA ENQUANTO VENTA...


 Raquel Delvaje

Ao passo em que me tenho esse semblante
 (Que outrora se formou por entre o ventre)
Que se mude o semblante, conforme a alma.
 E que se mude a alma enquanto vente.

E se o vento ventar em meu espírito
Que venha transformar meu pensamento
Bem antes que se faça em mim um mito
(Bem antes que se passe em mim o tempo)

( Bem antes que meu sonho se torne pouco)
Bem antes que transforme em mim um ópio
E faz de um sonho doce um sonho louco
E bem antes que a paz transforme em ódio.

Bem antes que meus olhos tristes cerrem
Aflitos na agonia de um vazio,
Em que nada se fez pra transformar
E ancorou como um náufrago navio.

“Evoluir somente é o que me basta”
Digo à minha alma que está tão sedenta...
Que se mude o semblante, conforme a alma.
 E que se mude a alma enquanto venta.

Ao passo em que me tenho esse semblante
 (Que outrora se formou por entre o ventre)
Que se mude o semblante, conforme a alma.
 E que se mude a alma enquanto venta.

E se o vento ventar em meu espírito
Que venha transformar meu pensamento,
Bem antes que se faça em mim um rito
(Bem antes que se passe em mim o tempo)

( Bem antes que meu sonho se torne letargo)
Bem antes que transforme em mim um ópio
E faz de um suco doce um suco amargo.
E bem antes que a paz transforme em ódio.

Bem antes que meus olhos vêm cerrar
Aflitos na agonia de um vazio,
Em que nada se fez pra transformar
E ancorou como um náufrago navio.

“ Evoluir somente é o que me move”
Digo ao meu coração que está sedento
Que se mude o destino enquanto pode
E que se mude enquanto bate o vento.


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