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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Meditando

Meditando
Ruth Carvalho Lima de Assunção

Ninguém foge às suas raízes. A força enigmática e brutal dos impulsos de uma raça, do grupo familiar, do DNA exerce sobre o indivíduo o tacão de suas origens.
Muito embora o ambiente torça em diversos setores a individualidade dos seres humanos, estes continuam dependentes de sua ancestralidade. Como escapar desse comprometimento secular que nos prende, nos enlaça e não nos deixa usufruir de outras opções?
É no campo emocional, intelectual e espiritual que nossas diferenças se manifestam, mas em destaque, os dotes físicos tão evidentes.
Ser humano, uno e indivisível, com todas suas diferenças e semelhanças tem agora um grande desafio à frente, um desafio que o levará à paz ou à guerra, à vida ou à morte.
A sustentabilidade do planeta continua, em ritmo acelerado, a cair na degradação, entrando num funil sem perspectivas.
Mas o momento exige uma postura inteligente, no qual semelhanças e diferenças se unam a fim de salvar este nosso lar que está em processo de destruição.
Esta grande dádiva que nos foi dada gratuitamente pelo onipotente criador, para nos deleitarmos com sua grandiosidade e beleza, não pode desaparecer em função da negligência e ambição do ser humano.
Há muito já deveríamos estar cientes de nossa fragilidade, de nossa impotência, mas também de nossa força em torno de um ideal, no caminho da paz e união.
É desolador pensarmos que nossa poesia, nossos sonhos e fantasias se diluirão perante o espetáculo destruído de uma natureza morta, sem rios, sem montanhas, sem atrativos.
Semelhanças e diferenças deverão se confraternizar para num esforço comum unirem seus esforços, em prol desta causa que envolve VIDA.

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