Clemência
Ruth Carvalho Lima de Assunção
Como de costume, bem na hora do café da manhã, leio o jornal e para minha surpresa encontro a nota de falecimento de Clemência. Pensamentos voaram para bem longe e fui recordando sua imagem e suas palavras de sabedoria que os anos e experiências lhe trouxeram.
Nossos mundos foram diferentes, quando crianças e quando jovens; vim a conhecer Clemência quando já, as duas formadas, e ela uma artista plástica em destaque, aqui em Piracicaba.
Mas agora, premida pelas circunstâncias desta perda inesperada, pelas imagens e figuras verbais associadas à artista, não me curvo à solicitação do silêncio, e deixo-me levar pelo sentimento de tristeza que se abateu em todos nós, seus amigos e admiradores.
Da velha Europa conturbada, em crise, partiram as negociações para contornar e solucionar os problemas que se arrastavam em penúrias e desgastes. E foi aí que encontraram o caminho – Brasil, um país novo, com imenso território à disposição, uma natureza exuberante e muita água correndo em mananciais, numa terra fértil e generosa.
E como fica a artista Clemência nesse embate? Nada a ver, tudo a ver?
E aqui entram os italianos que deixaram suas terras em busca de outros horizontes, com mais possibilidades de um crescimento social e financeiro. Estavam dispostos a lutar, a lutar e vencer.
E mais uma vitória se agrega - a menina Clemência, a virtuose, que Piracicaba ganhou de presente, a semente vinda da Itália, de além-mar, do fruto que virou estrela, que brilhará para sempre.
Perdemos a figura insubstituível de um expoente que no mundo das artes mostrou seu talento e habilidades inatas pelo belo, pelas formas e pelas cores. Seus trabalhos expostos no Mirante, no muro da “Saudade”, como também outros, aqui e lá fora falam por si da grande veiculadora das artes plásticas e de sua maestria com os pincéis.
No rememorar a professora da História das Artes, seu vasto conhecimento no âmbito da arquitetura artística, o olhar consciente da beleza e da poesia que existe em todas as coisas percebemos a lacuna que sua ausência nos deixou.
Amou a sua terra e externou sua admiração ao retratar o caminhar do rio, do nosso rio, que encanta e canta em nossos corações.
Pelo seu caminho soube conquistar o respeito e admiração pelo seu senso artístico e humano. Amigos fez às centenas, devido à sua ternura, sinceridade e carisma.
Adeus. Você é e continua a habitar entre nós, junto à sua arte.
Ocupe amiga o seu lugar reservado aos eleitos, aos que passam e deixam um rastro de luz brilhando para a eternidade.
Como de costume, bem na hora do café da manhã, leio o jornal e para minha surpresa encontro a nota de falecimento de Clemência. Pensamentos voaram para bem longe e fui recordando sua imagem e suas palavras de sabedoria que os anos e experiências lhe trouxeram.
Nossos mundos foram diferentes, quando crianças e quando jovens; vim a conhecer Clemência quando já, as duas formadas, e ela uma artista plástica em destaque, aqui em Piracicaba.
Mas agora, premida pelas circunstâncias desta perda inesperada, pelas imagens e figuras verbais associadas à artista, não me curvo à solicitação do silêncio, e deixo-me levar pelo sentimento de tristeza que se abateu em todos nós, seus amigos e admiradores.
Da velha Europa conturbada, em crise, partiram as negociações para contornar e solucionar os problemas que se arrastavam em penúrias e desgastes. E foi aí que encontraram o caminho – Brasil, um país novo, com imenso território à disposição, uma natureza exuberante e muita água correndo em mananciais, numa terra fértil e generosa.
E como fica a artista Clemência nesse embate? Nada a ver, tudo a ver?
E aqui entram os italianos que deixaram suas terras em busca de outros horizontes, com mais possibilidades de um crescimento social e financeiro. Estavam dispostos a lutar, a lutar e vencer.
E mais uma vitória se agrega - a menina Clemência, a virtuose, que Piracicaba ganhou de presente, a semente vinda da Itália, de além-mar, do fruto que virou estrela, que brilhará para sempre.
Perdemos a figura insubstituível de um expoente que no mundo das artes mostrou seu talento e habilidades inatas pelo belo, pelas formas e pelas cores. Seus trabalhos expostos no Mirante, no muro da “Saudade”, como também outros, aqui e lá fora falam por si da grande veiculadora das artes plásticas e de sua maestria com os pincéis.
No rememorar a professora da História das Artes, seu vasto conhecimento no âmbito da arquitetura artística, o olhar consciente da beleza e da poesia que existe em todas as coisas percebemos a lacuna que sua ausência nos deixou.
Amou a sua terra e externou sua admiração ao retratar o caminhar do rio, do nosso rio, que encanta e canta em nossos corações.
Pelo seu caminho soube conquistar o respeito e admiração pelo seu senso artístico e humano. Amigos fez às centenas, devido à sua ternura, sinceridade e carisma.
Adeus. Você é e continua a habitar entre nós, junto à sua arte.
Ocupe amiga o seu lugar reservado aos eleitos, aos que passam e deixam um rastro de luz brilhando para a eternidade.
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