Cornélio T.L.Carvalho
Aprendemos o mundo através dos órgãos dos sentidos. Estão
ali na memória, todos os registros da nossa interação com o ambiente físico e
social: a estética de uma paisagem, o sabor de um alimento, as frustrações, os
desejos não satisfeitos, os momentos de ira e de alegria.
No estado de vigília, portanto, conscientes, agimos dentro
dos limites ditados pelo meio social, obedecemos aos sinais de trânsito,
procuramos ser cordiais com nossos semelhantes, enfim, respeitamos a ordem
pública.
Porém, fora do estado de vigília, não temos nenhum contato
sobre as ocorrências durante o sono.
Pesadelos, imagens ameaçadoras e fatos absurdos se mesclam
provocando angústias que sempre se desfazem quando acordamos aliviados.
Frustrações, constrangimentos, mentira, desejos
insatisfeitos e rancores podem ser elencados como provocadores dos sonhos,
sempre que no estado de vigília a ética não nos permite verbaliza-los.
A mente não para de funcionar. Sonhos nos trazem imagens
simbólicas, num processo de introspecção sobre acontecimentos do dia ou do
passado remoto.
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