Título: Basta de Cidadania Obscena
Autores: Mario Sergio Cortella e
Marcelo Tas
Número de páginas: 109
Editora: Papirus 7 Mares
Comprei na Livraria Nobel
Resumo:
O
livro é um diálogo entre Cortella e Tas em que os dois debatem sobre uma
cidadania que consideram obscena, isto é, fora de cena, dissimulada, vexatória
e vigente nas relações interpessoais e principalmente na política. Fala do
perigo da era digital na formação de opiniões e de verdades disseminadas por
uma ferramenta manejada por um ser humano vivendo num mundo cheio de “achologias”, com a profundidade de um pires,
como coloca Cortella, falando da importância da comunicação a serviço da boa
cidadania.
Chama
a atenção para o mundo “photoshopado” das redes sociais, onde todo mundo é
bonito e feliz e da velocidade que impede o leitor de usufruir o que é bom ou
de raciocinar e eliminar o que é ruim. Mostra ao leitor a diferença entre
conflito, uma divergência que pode levar a um consenso, e o confronto que tenta
sempre anular o outro. Todos querem pertencer a uma comunidade, mas pertencer é
ser propriedade, sem voz ativa. O que se deve querer é participar, viver junto,
como opostos em harmonia, como um violino e um címbalo, tão diferentes, mas que
dão harmonia ao som de uma orquestra. É preciso haver certa simbiose, quando um
se importa com o outro e faz questão de caminhar no mesmo compasso.
O
que temos na política brasileira é uma “democracida”, um assassinato da
Democracia, pois, esta, na verdade é fazer o que a Lei determina e não o que se
quer. O que temos aqui, diz Cortella, é uma “política patife” com total
ausência de simbiose, pois ela não se preocupa nem um pouquinho com a cidadania.
Opinião:
Porque
gosto do estilo filosófico com que Cortella trata de todos os assuntos, achei
todas as colocações verdadeiras e preocupadas com o rumo desgovernado da mídia,
das redes sociais, com o desinteresse total da maioria dos políticos, que nós
mesmos colocamos lá, e com os cidadãos que, sem líderes formadores de opinião,
buscam na “rede” inverdades largamente propagadas.
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