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sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

Andrajos por velas

Alfredo Cyrino

Nave de tantos utópicos ideais.
Teus andrajos por velas, irreais.
No convés roto, teu guia jaz.
Jornada sem norte, sem cais.
Ah, nave sem morte, sem paz.
Eivado de arpões teu coração,
nave à deriva, na imensidão
do jamais.

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