Mulher e amor são as fontes
mais cantadas em prosa e verso que retratam a felicidade do homem. Roberto
Shinyashiki, médico psiquiatra, define que o sucesso é ser feliz. Seriam então
a mulheres e o amor os agentes responsáveis pelo sucesso dos homens. E o
dinheiro? A saúde?
É certo que dinheiro não
traz felicidade, mas também é certo que ficar sem ele demora bem mais para
abraçarmos a paz.
É isso - tudo que é demais
atrapalha, dá trabalho e não sustenta felicidade de ninguém. Posses, prestígio,
poder, muito pouco ajuda se o corpo e a mente não estiverem bem.
Sucesso é alegria, é
felicidade, é amar e ser amado, ter amigos, um bom emprego, a boa música, o bom
livro, rir, o olhar de uma criança, uma piada, um bom papo. Tudo é barato e de
graça. O que é comprado, mesmo o amor, tem curto prazo de validade.
Dizem os filósofos que
felicidade não se procura nem se compra, e quem a procura, corre atrás do
vento. Dizem ainda que o amor brota de
certa química entre as pessoas, e de repente, sem se perceber.
Há de ser ressalvado que
existem amores tão fortes e egoístas que prendem e não libertam o outro nem
depois de passada a turbulência da paixão.
Bens materiais são uma
ilusão da felicidade, que é um bem interior, seja individual, seja
compartilhado. Quanto à riqueza e às posses, há ricos emergentes que consideram
a ostentação o meio correto de obter prestígio e notabilidade, e não percebem
que esses bens só servem para esnobar em vez da satisfação de um desacostumado
conforto.
Afetos são bens que não
podem ser roubados, não enferrujam, não têm prazos de validade, mas que acalentam
a alma para sempre. Que amores e bens eternos são esses?
O primeiro é o materno. Amor
de mãe é o amor maior. Dizer que é inesquecível é redundância; ele é natural
pela genética; mãe ama com o coração, não com a razão.
Amor de irmãs é outro sentimento maravilhoso;
algumas são nossas segundas mães. Tenho uma irmã, mais velha. Lembro-me de seus
zelos e carinhos e o que ela representou em minha vida.
Outros afetos duradouros
são os das tias, das madrinhas, das primeiras professoras, dos romances e das namoradas.
Essas relações protagonizam personagens de doces afetos.
Os afetos de amigas também
são inesquecíveis. São ombros a conter lágrimas de aflições.
Avós? Ah! A dedicação de
uma avó extrapola limites e até incita ciúmes nas filhas, noras e genros. Elas são
carinho, bondade, ternura. Não gritam, falam com suavidade, não ficam bravas,
não ameaçam, não deduram, são cúmplices, omitem, encobertam, dão chocolate escondido...
É por isso em toda redação
escolar as crianças mencionam passeios na casa da avó durante as férias. A
atenção aos netos ganha disparado da dedicação e do apego que não puderam dar aos
próprios filhos.
E o amor de filhas? De netas?
Quem as tem sabe como são adoráveis, dedicadas e atenciosas.
E a esposa? É a mulher estrela maior da vida do homem, a
mais notável mediadora na harmonia no lar. Não há parâmetros do tipo mais ou
menos. É a rainha do lar, e uma ternura diferente porque foi escolhida pelo coração.
Esposa não aparece na vida do homem como consequência consanguínea, enquanto os
parentes são decorrências, não são escolhidos. O amor a ela dedicado é único,
insubstituível.
Não há como contestar. A felicidade
dos homens está nas mãos das mulheres - e acabou o assunto. Nós, homens, somos seus
eternos súditos. A elas estamos vinculados e presos. Uma deliciosa prisão. Casa
sem mulher é uma morada sem vida, uma caverna sem luz, sem vozes, sem alegria.
Só sombras.
Cruz e Souza, poeta, é
dele essa citação: Um lar é coisa que não
se compra; pode-se comprar uma casa, mas só uma mulher pode fazer dela um lar.
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