Olivaldo Júnior
Sentadinho
no barranco,
vendo a
vida anoitecer,
o
menino é verso branco
num
soneto a se fazer.
Coração
de caboclinha,
moça
arisca do sertão,
serpenteia
na rendinha
se
lhe pedem sua mão.
Um
caboclo, sem viola,
fica
triste e pede arrego:
mete
pinga na cachola,
vã
gaiola, sem sossego.
Cana
verde, cinza fria,
fogo
aceso dos poemas;
eu
me mato, ó Poesia,
pela
mágoa dos dilemas.
Meu
amor me desprezou,
me
mandou seguir meu rumo;
triste,
a dor me alucinou,
mas,
amargo, eu nunca assumo.
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