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quinta-feira, 30 de julho de 2015

PARA FUTURA AMIZADE


Lídia Sendin

Procuro um ser deveras “desejante”
De amizade, carinho e convivência.
Apesar de não ser tão preocupante
Faço questão de um pouco de paciência.

Homem ou mulher, amigo é sempre bom,
Sendo igual ou mesmo o oposto.
A pele poder ser de qualquer tom.
No vestir cada um tem o seu gosto.

Da altura também faço questão:
Deve ter uma boa estatura,
Com cabeça nas nuvens, pés no chão,
Não se negue a boa uma curvatura.

Do peso vou falar sério agora:
Nem leve que se deixe carregar,
Nem pesado que nunca vá embora.
Amigo sabe sempre onde estar.

Com a idade tem que ficar esperto,
Pois é bom ter lembranças em comum,
Bossa Nova, Tom Jobim e Rei Roberto.
Pode ter na lembrança mais algum.

Enfim, procuro alguém como você,
Capaz de amizade e fantasia.
E que apesar de tudo ainda crê

Que há lugar neste mundo pra poesia. 

sábado, 25 de julho de 2015

Dia do Escritor (25 de julho)


Olivaldo Júnior
 
Quem escreve mais que fala
e se coça quando a "pena"
diz que a pena de quem cala
é não crer na própria cena...
 
Quem escreve só, na sala,
ou na copa, tão pequena,
e se sente um mestre-sala
com a vida que lhe acena...
 
Pode ser um escritor,
um notável sensitivo,
poetinha ou prosador,
 
que passou no próprio crivo
toda a vida multicor,
que descreve a quem é vivo.
 

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Relatos de Viagens

                                


                                                                                Eloah Margoni

   Sim, sabia que o hotel, em Genebra, para onde iríamos, próximo `a moderna e organizada estação de trens, embora mesmo sendo hotel de turistas, ficava no Paquis, bairro onde há duas ou três ruas de prostituição que lá, aliás, não tem qualquer restrição legal. Foi o hotel mais caro e o pior de toda a viagem, diga-se.   Tinha, por outro lado, conhecimento da localização deste, mas minha mente fantasiosa “glamurizava” o lugar. Imaginava calçadas limpíssimas e bonitas, vitrines com luzes coloridas e efeitos especiais, onde mulheres fariam performances eróticas, muito trabalhadas. Ideias holiwoodianas. Nada disso era!  Calçadas comuns e sujas, muitas pontas de cigarros no chão, africanos ali e aqui faziam certa algazarra. Homens brancos, com aspecto algo marginal, transitavam por lá. Um africano encostou de modo um tanto rude e proposital na minha perna ao passar por mim; fora isso, não fomos incomodados por ninguém. As mulheres em si eram tipos comuns, de diferentes alturas, cores de cabelos e nacionalidades, com idades diversas.
   Assim, tendo deixado para trás a deslumbrante Riviera italiana, a qual fez -me do coração frangalhos de tanta beleza, com sol, montes verdejantes, plenos de bosques e muito boa organização das cidadezinhas, as quais pareciam ter sido montadas para cenários, tive a impressão de que Genebra, local de negócios, não era aquilo tudo... O quanto me enganei! Descobri uma cidade cosmopolita, vibrante, cheia de arte, cultura, música de boa qualidade e alegria, embora pequena; também com transportes públicos gratuitos e sem poluições. Tudo isso e mais, para além do paraíso fiscal.
  Verdade, deixáramos para trás Gênova, na Ligúria, Itália, onde as pessoas são realmente gentis, simpáticas, acolhedoras; onde fazia mais calor.
   Vimos bem, em Gênova, (o que eu já sabia) que os italianos não são mesmo gordos. Nada de matronas ou obesos, nada de barrigas... Mulheres vaidosas, que gostam de usar colares atraentes e têm cabelos longos com frequência, abundantes, ondeados e crespos muitas vezes, os quais elas não fazem questão de alisar ou de enlourecer, como as brasileiras. Ao menos como as do nosso Estado. Lindas mulheres aquelas! Os homens, com expressivos genes para calvície, mostram-na amiúde, muitas vezes desde cedo, mas são bonitos, elegantes, em forma, faladores, gesticuladores e sensuais.
   Lá em Gênova, os senegaleses, geralmente jovens negros que sobreviveram no mar, andam em grupos, vendem tranqueiras chinesas junto ao porto, onde costumeiramente são encontrados. Coitados! procurando a sobrevivência.  São marginais ali, mas não nos sentimos ameaçados andando de um lado a outro da cidade que, com setecentos mil habitantes, chega a ser calma, com ares de cidade pequena. Transportes públicos abundantes e de boa qualidade contribuem muito para tal.
    Além disso, encontramos por todas as terras onde caminhamos aquela preciosidade que cá não existe: silêncio ou muito pouco ruído.
   A viagem de trem de Gênova a Genebra, Suíça, tirou-nos da cama de madrugada. Sonolência muita, mas sono proibido. Nem pensar em passar dormindo pelos Alpes, ainda mais no verão! Duas coisas direi; primeira, não gosto dos Andes com sua aridez mortal, e sorrio para os Alpes. Segunda, o lago formado pela águas limpas do degelo é superlativo. Por mais de uma hora corremos às sua margem (o trem indo a cento e setenta, cento e oitenta quilômetros por hora) até Genebra, onde entra triunfante, com transparência comovedora.
   O que lá vi induzira-me a pensar na água. Em todos os países costumeiramente é assim, se quiser saciar a sede, precisa comprar água mineral ou pedir em algum estabelecimento um copo de água encanada. Aqui, de péssima qualidade, sabemos. Em Genebra as bicas de água limpa e potável, com excelente sabor estão por toda a cidade. Floridas, artísticas, decoradas.  Água pura, para toda gente. É um prazer ancestral e animal ver as biquinhas e beber delas.
    Pianos postos em toda parte, ao ar livre, vimos onde pianistas competentes tocavam e muitos aplaudiam.  Simpáticos cantores e corais presenteavam a população a toda hora, num canto ou noutro, com canções alegres. Sem barulhos, sem alto falantes.
     Sobre a bonita Luxemburgo, digo que nos surpreendeu a topografia da cidade, muito incomum. Alguns caminhos que fizemos deram-nos ideia de entrarmos em locais mágicos, de descobrir portas; foi um achar alamedas secretas, cruzar riachos encantados, alcançar patamares com hortas e flores, que também sensibilizava-nos de verdade.
     E os dias tão longos, escurecendo quase as 22:00h... Dormia-se pouco. E como seria diferente?

    Essa mistura de imagens, flashes e acontecimentos ficam registrados na mente e os levamos conosco ao longo da vida. Que bom!

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Um amigo diz "olá"...


(20 de julho, Dia do Amigo)
Olivaldo Júnior
 

Um amigo diz "Olá", 
e me envolvo no retrós
do algodão que me dará
o universo e sua noz.
 
Um amigo diz "Olá",
e me encontro sendo nós,
não o eu que morrerá
neste canto, em minha voz.
 
Longe desse terno amigo,
tudo é perto da lonjura
que me faz estar comigo,
 
com a impávida secura
de meus lábios sem o figo
da amizade, da ternura

domingo, 12 de julho de 2015

Lançamento do livro Saga de Palavras 2015



Autoras do livro 
Autografando
Cassio Negri vice presidente da Academia Piracicabana de Letras

Vendedoras de livros




















 João Athayde falando pelo CLIP


domingo, 5 de julho de 2015

Convite - Lançamento do livro Saga de Palavras

O livro foi patrocinado pela Oggi papéis e será vendido no dia do lançamento por $20 reais.
A renda será revertida ao Recanto dos Livros - Lar dos Velhinhos de Piracicaba

sábado, 4 de julho de 2015

SACERDÓCIO E POESIA



M. Nazareth Furlan P. de Camargo

Ao padre Edvaldo de Paula Nascimento em seu aniversário de ordenação sacerdotal, em 18/06/2015
“Se eu fosse um padre, nos meus sermões eu citaria os poetas, rezaria seus versos, os mais belos, porque a poesia purifica a alma... e um belo poema sempre leva a Deus”. Mário Quintana

Por ser um padre é que a cada homilia
Eu rezo versos, poemas  declamo,
Destilo beleza por tudo que amo
E acendo almas em dor e alegria.

E a cada verso ardente, em sintonia,
Todo o sentir orante no qual clamo
A presença do belo que proclamo,
Deus é presença no meu dia a dia.

Poemas, contos, crônicas orando,
Rezando histórias... Santa inspiração!
Deus, beleza eterna, eu vou semeando,

Que ser padre é ter sensibilidade:
Deixar rolar o pranto em compaixão,

Gerar sorrisos de felicidade.