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- Daniela Daragoni AlvesJuízes Sem diploma, sem salário Juízes julgando e condenando Sem serem chamadosDestruindo vidas, difamando pessoas Machucando corações Juízes que nunca estudaram para isso Mas que se acham os donos da razão...Aumentando histórias Inventando se for preciso Só para ter o prazer de estragar o dia de alguém Para atrapalhar um sorriso.Julgue em silencio Guarde para você... Opinião é um direito seu Mas ninguém precisa saber...Julgue em silencio Pode julgar Se afaste Mas tem que respeitarOu estude, se forme pra isso E vá julgar quem realmente merece ser julgado Políticos corruptos, estupradores, assassinos Aí vou te considerar um ser humano honrado.Fofoca não é trabalho É amaldiçoada, traz sofrimento e dor Não julgue para não ser julgado Seja uma pessoa digna... e espalhe só o amor.
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domingo, 26 de abril de 2015
terça-feira, 21 de abril de 2015
O homem triste
Olivaldo Júnior
Era uma terra em que todos sorriam bastante. Menos um homem, o homem triste. Aquele homem, apesar de o sol nascer e morrer no horizonte, de a lua surgir e esmaecer ao sol posto, aquele que havia sido menino era triste. A tristeza tem jeito de traça e corrói a alegria do peito que a deixa roer. Quando menos se espera, a danada já roeu um orifício e fez morada em seu peito. A partir daí, difícil, bem difícil despejá-la. Foi assim com o homem triste, que deixou a tal tristeza roer o peito em que somente a alegria morava, roendo-o também. Triste.
Um dia, no entanto, já triste de tanta tristeza, o homem viu passar um grande circo na estrada da terra em que morava. Era um daqueles circos enormes, com muitos palhaços, bailarinas, trapezistas e nenhum animal, enfim, um circo que apostava na arte. A arte é por si mesma itinerante e, assim como a inspiração, planeja voos para os lugares mais loucos, no dentro dos dentros do mundo. “A alegria passava!”, pensou o homem triste, quase sem crer na alegria. Um palhaço com carinha de estrela o convidou a segui-lo. Reticente, não sabia se queria.
O homem triste, beirando a estrada de terra em que passava o circo, ficou em dúvida se seria alegre caso fosse embora. O circo era uma festa. Por último, animando o povo, vinham músicos com violões, violinos e meias-luas, num lirismo só. Alegre, o homem triste cedeu à música que o convidava a ser alegre como um sabiá que conseguiu voltar para o seu lugar. Um dos palhaços o tomou finalmente pelas mãos e ele se foi com o circo para outras terras, numa estrada para o horizonte. As caras alegres de ali nunca mais veriam o homem triste.
quinta-feira, 16 de abril de 2015
SIMPLICIDADE
Daniela
Daragoni Alves
Um
abraço forte e sincero,
uma
palavra amiga
Atitudes
simples
mas que fazem diferença na vida.
Uma
música que acalme o coração,
ter
com quem contar;
O
barulho da chuva caindo,
ensinar
os filhos a rezar.
Acordar
com o sorriso deles a seu lado na cama
Receber
uma noticia boa, a ligação de alguém especial,
o
cãozinho esperando no portão ansioso,
todo
mundo reunido na ceia de Natal...
Coisas
simples que o dinheiro não compra
mas
que me fazem imensamente feliz,
uma
pessoa melhor...
Que
me fazem esquecer que lá fora
há
injustiça e dor...
Simplicidade
é isso
É
entender que o muito não é nada
quando
não se tem sentimento envolvido
E
não importa quão pobre você seja,
ter
paz de espírito te faz um ser humano rico!
segunda-feira, 13 de abril de 2015
Gaiolas, jaulas e prisões
Ivana Maria França de Negri
Hoje não vou falar sobre a privação da
liberdade dos pássaros em gaiolas, nem dos animais de circo e de zoos,
confinados em diminutas jaulas. Abomino tudo isso, pois entendo que todo ser
vivo tem direito a ser livre.
Quero falar sobre as prisões e algemas
que os próprios homens se impõem,
amarras invisíveis, mas não menos fortes do que as prisões reais.
Existem mães que não deixam seus filhos
seguirem seus rumos, os querem sempre junto delas e dependentes do seu amor.
Fazem chantagem emocional para que se sintam culpados se saírem da barra da sua
saia para seguirem em busca de seus sonhos.
O egoísmo é um cárcere cruel.
Maridos existem, que não deixam suas
esposas crescerem como pessoas, não as deixam realizarem-se profissionalmente.
As expõem como troféus e elas deixam-se enclausurar em troca do conforto
material e da segurança.
E esposas há também, que por sentirem
ciúmes possessivos, perseguem os maridos, rastreiam seus celulares, não os
deixam livres por medo de perdê-los e acabam perdendo-os por isso mesmo.
Muitos são escravos do dinheiro, vivem
só para ganhá-lo, estão sempre descontentes reclamando de tudo, e por mais que
ganhem, nunca é o suficiente.
Há mulheres que são escravas da beleza.
Fazem de tudo para esticar a juventude, e evitar a velhice, gastam muito
dinheiro em plásticas e outras práticas. Mas chega um momento em que não é mais
possível impedir que as rugas e a flacidez se apoderem de seu corpo e elas entram
em depressão, ao invés de aproveitar uma fase da vida que é mais amena, fase de
curtir os netos, a aposentadoria, há mais tempo para viajar, participar de
ações voluntárias e fazer novos amigos.
Outros ainda, vivem sob os grilhões do
trabalho. Para eles a vida é só trabalho. Arranjam vários empregos em
diferentes turnos, fazem hora extra, não tiram férias, não viajam, trazem mais
trabalho para fazer em casa. E enquanto isso, a vida acontece, com todos os
seus encantos e maravilhas.
Existem os escravos do relógio, os
escravos da moda, os escravos das convenções, os que se preocupam demais com o
que os outros vão pensar, e os que querem agradar a todo mundo – sendo que isso
é impossível!
Só quem tem a alma livre pode usufruir e
enxergar as belezas da vida.
A infância é cada vez mais curta e logo
chegam os compromissos, as obrigações, e a vida passa a ser uma prisão. As
portas encantadas se fecham e a pessoas se sentem aprisionadas em grilhões que
elas mesmas criaram.
Um dia, todos serão alforriados, quando
a alma se libertar das algemas da carne. Mas enquanto isso não acontece, por
que não ser livre e curtir a vida como as crianças?
quarta-feira, 8 de abril de 2015
sábado, 4 de abril de 2015
quinta-feira, 2 de abril de 2015
“EIS TEU FILHO” João 19:26-27
Lídia Sendin
Cristo entoa pra Maria
Como se fora estribilho
E lhe diz em agonia:
“Mulher, eis aqui o teu filho”.
O mesmo diz a João,
Seu discípulo amado:
“eis sua mãe”, sua missão,
Ao vê-lo desconsolado.
Quantos com prata e com ouro,
Em meio a muita fartura,
Não pensam neste tesouro,
Em forma de criatura,
Não saem do seu egoísmo,
Só andam na contramão,
Construindo um abismo
Na mais doce relação.
Mas Cristo, mesmo na dor,
Não se esquece de Maria,
Entrega a mãe ao amor
De sua melhor companhia.
Não conhecemos a história
Da abençoada união,
Mas terá sido uma glória
Essa primeira adoção!