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domingo, 8 de dezembro de 2013

RESTO DE NADA



Lídia Sendin

Buscando a multidão
Quando estou ensimesmada,
Faz-me falta a solidão
Pra mergulhar no meu nada.

A vida é muito mais sonho
Do que pensa a realidade.
Tudo proponho,
Mas faço só a metade.
Sou quase inteira:
Uma parte é conteúdo
A outra é só besteira,
A tal de “encher linguiça”.
Nunca faço tudo,
Boa parte é só preguiça.

Parte descuido, parte conserto,
Vislumbro algo no todo invisível.
Mas...
Como não há nada certo,       
Ainda me resta o impossível.

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