Lídia Sendin
Quero o vai e vem das marés:
Altos e baixos, côncavo e convexo,
Nada linear, nada com nexo.
Mais planícies cheias de montanhas:
Rios no meio do deserto,
Nuvens escuras, tempo incerto.
Dentro do silêncio, um ribombar fugaz:
O susto de um trovão,
O ritmo acelerado do coração.
Nada de “plácido repouso”:
“Brancas nuvens”, nunca mais,
Só passar por aqui, sem viver, jamais!
De que me adianta essa vã rotina:
Neurônios frouxos, sinapses petrificadas,
Mesmas ruas, mesmas caminhadas.
Não, ao mero desfilar de fatos:
Quero paixão, perplexidade,
Pois, para o descanso eterno,
Terei a eternidade.
Certissimas e sábias palavras que compartilho
ResponderExcluircom grande carinho!