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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O PODER DO ELEITOR



Cecília Franco Mendes
(Aluna do 2º ano EM do Colégio Salesiano Dom Bosco –Assunção – aulas de redação da profª Christina A. Negro Silva)

            Diversos filósofos na história da humanidade criaram teorias a respeito do Estado e de como e por quem ele deve ser dirigido. Hobbes cria o Estado Moderno, Montesquieu a divisão dos três poderes e a ideia de uma sociedade democrática, por fim Platão com a teoria de que apenas os mais preparados deveriam assumir o poder e renunciar a todos os seus interesses para isso. Nesses casos, a figura do povo é irrelevante, pois ele é considerado inferior e incapaz. O direito do voto foi garantido a toda população recentemente, como reflexo de várias lutas e conquistas e agora é a nossa decisão que tem o poder de fazer mudanças. Mas será esse poder verdadeiro?
            Segundo os direitos do cidadão sim, esse poder é legítimo e está plenamente em nossas mãos. A questão principal é que muitas vezes não temos consciência dessa responsabilidade, pensamos individualmente lavando as mãos de quaisquer consequências. E assim somos controlados por uma ideologia vazia que manipula essa liberdade de escolha, nos faz acomodados e influenciáveis, controlando aos poucos nossa vida.
            As informações necessárias para escolhermos de maneira responsável os candidatos estão acessíveis à maioria, para que possamos eleger alguém que realmente nos represente, coloque os interesses do povo antes dos próprios, alguém de bom caráter, que não usará seu cargo e seu poder contra nós, como diz Raquel de Queiroz, em crônica veiculada em “ O Cruzeiro” em 1947, “ votar representa o ato de fazer governo” ( ideias bem atuais, embora a frase tenha mais de sessenta anos ! )
            É  preciso, pois,  lutar contra a massificação das grandes redes para cumprir o papel de cidadão e eleitor, exigindo e fiscalizando para termos uma política cada vez mais justa e igualitária. Acabadas as eleições em todo o país, resta-nos aguardar para ver , na prática , o poder do povo em funcionamento “fazendo o governo” que escolheu.

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