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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Cai Pira


Rodrigo Marques de Menezes

Caipira é mais um jeito de ser
Que de incerto, soa
É rio de uma voz que, num concerto, cora
É peixe que, fora d’agua, entoa
É cheiro de mato e de lagoa
É suor que, do sol, destoa
É lua que, de cachaça, posa
É cachoeira que, sobe desce aproa
É luz que, ao contrário, ecoa
É chão que, de tão pássaro, voa

Um comentário:

  1. Esse talvez Angico, essa talvez Garça, esse talvez lago, retratam de forma interessante o rico universo caipira, que cai em pira, que cai e pira, que se faz e refaz, que se destrói e se constrói, na velocidade dos pássaros que vir-ão carros e carros que vir-ão pássaros...
    Grato pelo golp de poesia,
    Rodrigo

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