Zilmar Ziller Marcos
I
Não precisa no
tempo voltar
Pra reconhecer que as mais antigas
De suas recordações
queridas
Mostram sua mãe a lhe amar
Sem
tréguas, e não como as amigas
Que outro amor têm em suas vidas.
II
Para você, filha,
ela doou,
De seu zelo, cuidado e carinho
Desde a infância até a juventude.
Lembre,
pecadinhos perdoou
Depois de pregar um sermãozinho
Ensinando o valor da virtude.
III
Você viu, com o passar dos anos,
Que a vida de criança acabou
Dando lugar à jovem mulher.
Não mais seus errinhos, mas enganos
Fazem recordar o que ensinou.
E então, seus conselhos você quer.
IV
Continuaria sempre assim,
Você,
filha amada, a mãe amando,
Reconhecida e agradecida
Por ter a benção de
um Serafim
Gerando, cuidando e ensinando
Segredos e mistérios da vida.
V
Mas, então, você tornou-se mãe!
Não de repente, mas lentamente:
Longo período que durou meses.
A linda imagem de sua mãe,
Um anjo protetor tão somente,
Foi solidária todas as vezes
VI
Em que seu temor e insegurança
Pediam o amor de sua presença.
Ela, então, fiel consoladora,
Transmitiu-lhe sua esperança:
“Que Deus, por sua bondade imensa,
Traria criança encantadora”.
De sua mãe, com tanta meiguice,
Pareceu-lhe ver-se ali nascida.
Com essa visão, o tempo e o espaço
Sumiram, permitindo que visse
Algo maior em sua
mãe querida.
A fará ser protetora mãe.
Sentindo o que antes não sabia
Viu em sua mãe, ali tão perto,
Perfeito modelo de mamãe,
Pleno de amor e sabedoria.
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