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sábado, 17 de dezembro de 2011

Quando chega Dezembro


Ludovico da Silva

A entrada do mês de dezembro desponta com o fim de mais um ano que está se despedindo e abre as portas para outro que está chegando. Como o tempo passa tão depressa! No andamento dos dias atuais parece que não se sente mais a velocidade do tempo. As pessoas estão tão preocupadas no trabalho e nos negócios, na corrida para dar conta das tarefas do dia a dia, que ficam sem pensar no amanhã e, com isso, deixam a vida correr ao sabor dos embaraços cotidianos. Mas nem tudo se desenha como indiferença ou problema insolúvel. Chega um momento em que é preciso deixar tudo isso para trás.
Vejam como existe o lado bom a se considerar. É interessante como a cidade se transforma com a chegada de fim de ano. Os “ares” mudam como se uma força misteriosa provocasse um sentimento novo no relacionamento entre as pessoas, mais alegre, mais comunicativo, em encontros cordiais, de amizade, de paz em novos tempos. A troca de cumprimentos revela desejos sinceros de uma vida promissora, de um futuro melhor, uma demonstração de amizade capaz de abrir novos horizontes para cada um.
A própria cidade fica mais bonita, com os arranjos das vitrinas como atração aos que as admiram, com as luzes coloridas a embelezar as ruas, com os enfeites que caracterizam a chegada da época natalina.
Não poucas famílias estão naquela correria para os preparativos das festas de fim de ano. Compras de presentes para os entes queridos e amigos mais chegados, que ficam sob uma árvore toda enfeitada com bolas e luzes coloridas, colocada em um canto da sala, onde, também, são pendurados os mais lindos cartões de boas festas recebidos. Camisas, sapatos, meias, calças, pijamas, carteiras de notas para as novas cédulas que estão por aí, porta-níqueis, vestidos, blusas, sandália, joias, bombons, biscoitos finos e uma batelada de outras coisas para que ninguém seja esquecido. Gastança com frutas secas e bebidas importadas. Encomendas de assados para mesas fartas. E por aí vai. Claro que tudo isso faz parte da confraternização nessas datas especiais. Nada contra. Pena que nem todos possam desfrutar desse privilégio, pela diferença de condições financeiras.
Bem, tudo isso considerado como festa, com o regozijo do tempo. Mas a vida não é bela apenas pela confraternização das pessoas e lautos almoços nesta época do ano ou pelas luzes que embelezam a cidade. Há outro lado importante a se considerar, que é o sentimento espiritual, de um momento de reflexão, de um reviver e repassar da vida nos dias vividos ao correr do ano.
Uma lista de feitos e efeitos não pode ficar esquecida, guardada num canto da memória, armazenada como se nada significasse em termos de vivência material. É um momento de meditação, buscar o que ficou na lembrança para um balanço do certo e do errado. Fazer uma revisão sincera, numa manifestação clara dos lados bons e ruins registrados no passar dos dias.
Os apegados às mais variadas religiões professadas procuram centros para retiros espirituais, enquanto outros se dedicam a orações à frente de altares das capelas próximas às suas residências. É uma forma de passar um tempo de reflexão profunda e agradecer a Deus pela graças recebidas ou mesmo o desejo para que a vida seja uma bênção ao futuro que os espera.
E assim chega-se ao fim de mais um ano, fechando um horizonte e abrindo uma janela de novas perspectivas de vida. Enfim, uma época de saudação a todos.

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