Leda Coletti
No dia em que escrevi a crônica para os amigos que se foram desse plano terrestre, o fiz sentindo uma saudade gostosa de todos, que me infundiu muita paz interior. Deve ser a irradiação do novo mundo em que vivem, continuação deste e com certeza bem melhor.
Quando algo triste acontece para nós, dizemos que tudo vai passar: “ Deus fecha uma porta, mas abre uma janela”. De fato, dia após dia sentimos nas mínimas ações o mistério da Vida. Não posso e nem penso que esta vai acabar, pois acredito na sua continuidade; sinto que uma etapa nova vai surgir, para o nosso crescimento pessoal em todos os sentidos.
Certa vez, escrevendo como desejaria o meu céu, referi-me ao desejo dele ter só irmãos que se amem, sem medo de confessar e testemunhar esse sentimento tão bonito.É assim que penso sobre os queridos parentes, amigos que nos antecederam. Imagino-os fazendo o que mais gostavam: meu pai tocando seu violão, Maria crochetando e costurando para os novos companheiros, meus nonos e avós contando suas histórias. Talvez haja atividades desconhecidas para nós mortais e até mais prazerosas. É tudo tão misterioso, tão desconhecido!
Escrevi uma mensagem no meu livro” 366 Reflexões do dia-a-dia, a qual resume o significado de morte para nós cristãos : “ Morte: sinônimo de Vida, se aceitamos o Mistério do Amor!”
Mesmo que seja diminuta nossa fé, vivemos felizes e prontos para servir o próximo, pois assim a cadeia não irá se soltar. Ao contrário, os elos se solidificarão e poderemos gozar intensamente as delícias do Reino de Deus, desde já. Mas, acredito, será no final da travessia nesse Planeta, que a Verdadeira e Plena Vida acontecerá!
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