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sábado, 7 de agosto de 2010

A meu pai


A meu pai
Ivana Maria França de Negri

Se há uma pessoa que amo e admiro muito , essa pessoa é meu pai!
Sei que muitos enaltecem os valores das pessoas apenas depois que elas partem, machucando ainda mais os familiares que ficam. Meu pai, graças ao bom Deus, está com muita saúde.
Engenheiro agrônomo e professor da gloriosa Esalq, trabalhou muitos anos no Departamento de Solos. Pessoa estimada por todos que conviveram e convivem com sua presença. Admirado por sua extrema simplicidade e inteligência brilhante, sempre pronto a ajudar quem precisasse ou ainda precise de suas sábias orientações.
Seus ex-alunos da pós graduação, de outras cidades e até de outros países, continuam a escrever cartas e a mandar cartões de Natal, numa demonstração clara de apreço e carinho pelo ex-professor e orientador.
Nunca teve grandes pretensões quanto a interesses monetários. Sua maior riqueza sempre foi a família: esposa, filhos e netos. E agora, as bisnetinhas.
Sempre teve muita paciência com crianças. Nos embalava nos braços até dormirmos em seu colo, o mesmo fazendo com todos os netos, cheio de ternura, e agora com as bisnetas que chegaram para enriquecer ainda mais a família.
Todas as conquistas dos filhos e netos o deixam extremamente orgulhoso.
Quando eu era criança, tinha um verdadeiro fascínio por aqueles pacotinhos de terra de diversos tons que ele trazia para casa. Mamãe dizia: “não mexam! são amostras de terra para serem analisadas!” Mas eu e meus irmãos morríamos de vontade de abri-los para sentirmos a textura, mas não nos atrevíamos, pois aquelas porções de terra coloridas faziam parte do trabalho dele e pareciam ter uma importância muito grande.
Lembro de suas botas, sempre empoeiradas, quando chegava cansado, fruto das andanças pelas fazendas.
Quando papai teve que se ausentar para um curso no exterior, fez muita falta a todos nós naqueles três longos meses de ausência, principalmente a mamãe, que escrevia cartas todos os dias. E meu irmão caçula que na época era quase um bebê.
Quantas recordações! Quantas coisa boas para lembrar, não é paizão?

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