A Roseira (in Tardes de Prosa)
Leda Coletti
Esmeralda, senhora idosa, sempre cultivou flores em seu jardim. Este, embora pequeno, possuía um roseiral enfeitando a fachada da casa. Não havia transeunte que não se encantasse com tal tela viva.
Sua afilhada, Adélia, era uma das poucas pessoas que recebia algumas rosas como presente, e ainda somente nas ocasiões especiais. Foi assim no dia da primeira comunhão, da formatura no magistério e, claro, no seu casamento. Seu buquê de rosas brancas, ofertadas pela madrinha, foi o mais bonito de todas as noivas daquela cidadezinha.
Mas como ninguém é eterno, Esmeralda, após rápida doença, entregou sua boa alma ao Senhor.
Sua casa foi vendida e no local construíram várias lojas para alugar, pois o progresso já começava a chegar e, com ele, as inovações. Adélia, muito triste relembrava com saudade aquela moradia tão florida.
Felizmente, no meio dessa tristeza, havia momentos de alegria, isso porque no seu pequeno quintal, crescia uma roseira, plantada pelas mãos de fada da madrinha Esmeralda. Recorda sempre como ocorreu esse plantio. Esta ganhara de presente, no seu último aniversário, um lindo ramalhete de rosas vermelhas. Passados alguns dias dessa data festiva, disse à Adélia:
_ Estas rosas me tocaram muito e eu quero plantar esses galhos para você. Oxalá eles vinguem e muitas flores você colherá.
Realmente, eles brotaram e a presentearam com as mais belas rosas. Mas o que a emocionava mais era a magia que revestia o aparecimento delas. Eram rosas diferentes, pois floriam apenas em ocasiões especiais de sua vida, e também nas de pessoas queridas.Foi o que ocorreu na data de suas bodas de prata; também no nascimento de sua primeira neta.
Emocionou-se às lágrimas e, ainda mais, quando seu filho caçula passou no vestibular e chegou abraçando-a, dizendo:
_ Eu sabia mamãe que seria aprovado. Eu pensei que se a rosa plantada por D. Esmeralda, desse flor, significaria que iria bem nas provas. Fui bem cedo até o quintal e ela exibia um botão semi-aberto; fiquei confiante e, agora, conferindo o gabarito, vi que acertei quase todas as questões.
Adélia foi convidada pelo filho Ricardo para juntos irem ao quintal e, extasiados, depararam com a rosa, cujo vermelho vivo enfeitava aquela manhã radiosa.
Leda Coletti
Esmeralda, senhora idosa, sempre cultivou flores em seu jardim. Este, embora pequeno, possuía um roseiral enfeitando a fachada da casa. Não havia transeunte que não se encantasse com tal tela viva.
Sua afilhada, Adélia, era uma das poucas pessoas que recebia algumas rosas como presente, e ainda somente nas ocasiões especiais. Foi assim no dia da primeira comunhão, da formatura no magistério e, claro, no seu casamento. Seu buquê de rosas brancas, ofertadas pela madrinha, foi o mais bonito de todas as noivas daquela cidadezinha.
Mas como ninguém é eterno, Esmeralda, após rápida doença, entregou sua boa alma ao Senhor.
Sua casa foi vendida e no local construíram várias lojas para alugar, pois o progresso já começava a chegar e, com ele, as inovações. Adélia, muito triste relembrava com saudade aquela moradia tão florida.
Felizmente, no meio dessa tristeza, havia momentos de alegria, isso porque no seu pequeno quintal, crescia uma roseira, plantada pelas mãos de fada da madrinha Esmeralda. Recorda sempre como ocorreu esse plantio. Esta ganhara de presente, no seu último aniversário, um lindo ramalhete de rosas vermelhas. Passados alguns dias dessa data festiva, disse à Adélia:
_ Estas rosas me tocaram muito e eu quero plantar esses galhos para você. Oxalá eles vinguem e muitas flores você colherá.
Realmente, eles brotaram e a presentearam com as mais belas rosas. Mas o que a emocionava mais era a magia que revestia o aparecimento delas. Eram rosas diferentes, pois floriam apenas em ocasiões especiais de sua vida, e também nas de pessoas queridas.Foi o que ocorreu na data de suas bodas de prata; também no nascimento de sua primeira neta.
Emocionou-se às lágrimas e, ainda mais, quando seu filho caçula passou no vestibular e chegou abraçando-a, dizendo:
_ Eu sabia mamãe que seria aprovado. Eu pensei que se a rosa plantada por D. Esmeralda, desse flor, significaria que iria bem nas provas. Fui bem cedo até o quintal e ela exibia um botão semi-aberto; fiquei confiante e, agora, conferindo o gabarito, vi que acertei quase todas as questões.
Adélia foi convidada pelo filho Ricardo para juntos irem ao quintal e, extasiados, depararam com a rosa, cujo vermelho vivo enfeitava aquela manhã radiosa.
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