O QUE SERIA DO MUNDO SEM AS MÃES!
Plínio Montagner
Mamãe! Mãe! Manhêêê...
São tantos os pedidos: de socorro, aconchegos, apelos, lamentos, abraços e lágrimas.
Cadê meu lanche? Pão com goiabada de novo? Não quero quiabo...
Quantas idas e vindas ao colégio para falar com a professora e levar o livro esquecido. O uniforme limpo. O tênis desamarrado. Pegou o agasalho?
Para os filhos - de qualquer idade, tamanho, profissão e estado civil – as mães não têm aposentadoria.
Filhos marmanjos, filhas casadas, bem resolvidas na vida, para eles as mães não podem envelhecer. Têm de ter a mesma disposição dos seus 20 ou 30 anos. Mãe não envelhece.
É triste, mas muitas mães só são notadas quando suas pernas, braços e coração baqueiam.
Mãe é banco, é supermercado, é conselheira. Filhos pedem, emprestam e tomam coisas – e seu tempo (dela).
Mães perdem maridos, e estes perdem as esposas – porque ficaram mães – e mais tarde, de novo – ficaram avós. Ambos passam a ser acessórios um do outro. Filho é a razão da vida. O resto é resto.
Filhos são sócios do carro e de tudo. Mães são cozinheiras e motoristas sem remuneração. Mais tarde? Que delícia! Continuam enfermeiras e o que sempre foram: babás. Não tem fim!
Mãe não tem idade nem fim; nem filho tem fim. Eles duram muito! Para sempre! Vou contar pra minha mãe! Vou pedir pra minha mãe. Isso não é comigo. Fale com sua mãe.
Mãe! Passei no vestibular! Mamãe, meu namorado... Vou casar. Mamãe, a senhora vai ser avóóóóóó´...
Estou com fome! Quero leite. Começa tudo novamente.
Mamãe, cadê a roupinha do nenê? E vestidinho? O macacãozinho? Tudo é “inho” de novo. Arrumou o lanchinho? E a lancheirinha?
Filhos podem ter 60 anos e as mães jamais esquecem suas idades. Levantam para agasalhá-los. No dia seguinte: Tome cuidado! Dirija devagar.
E agora - Dia das Mães?
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