CARTAS DE AMOR – I
Elias Jorge
Querida,
O mês de maio chega ao meio e continua chuvoso. Bem sabes o quanto aprecio a chuva no outono. Ela é meiga e jamais agride. Traz o frio, mas que é gostoso. Neste instante, junto à janela, conto as gotas miudinhas, sobras da chuva, que as deixou de lembrança. Como as recordações que deixaste no meu coração, quando me vem à memória o que fomos um ao outro. Então, indago-me se fui correto na nossa relação e se obedeci ao que o meu coração desejava para ti. Essa é a minha dúvida. Mesmo assim, resta-me a esperança de que o perdão é algo que só a velhice sabe dar e receber, com grata sabedoria. Oh, as gotinhas da chuva já estão se despedindo! É tempo de dizer-te adeus. Com o meu amor.
Elias Jorge
Querida,
O mês de maio chega ao meio e continua chuvoso. Bem sabes o quanto aprecio a chuva no outono. Ela é meiga e jamais agride. Traz o frio, mas que é gostoso. Neste instante, junto à janela, conto as gotas miudinhas, sobras da chuva, que as deixou de lembrança. Como as recordações que deixaste no meu coração, quando me vem à memória o que fomos um ao outro. Então, indago-me se fui correto na nossa relação e se obedeci ao que o meu coração desejava para ti. Essa é a minha dúvida. Mesmo assim, resta-me a esperança de que o perdão é algo que só a velhice sabe dar e receber, com grata sabedoria. Oh, as gotinhas da chuva já estão se despedindo! É tempo de dizer-te adeus. Com o meu amor.
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