A VIAGEM
Ludovico da Silva
A estação da pequena cidade servia para as despedidas das pessoas que viajavam. E sempre reunia muita gente, principalmente os amigos mais íntimos.Na rua principal morava um casal. Sem filhos. Marido e mulher gostavam de viajar, sempre juntos. Raramente um viajava sozinho. Quando isso acontecia, já haviam combinado a troca de correspondência, contando as belezas do lugar, as companhias, os passeios.E aconteceu que, certa vez, só a mulher viajou. Muita gente foi até a estação, para as despedidas. O marido ficou triste e os amigos, também.Como haviam combinado a troca de correspondência, ele ficou ansioso. O tempo foi passando e a mulher não mandava cartas.Foi daí que ele tomou da caneta e passou a escrever-lhe. As cartas voltavam. O carteiro sentia a mesma tristeza dele, a cada dia que portava uma carta de volta.E assim o tempo continuou passando. Muito tempo.Uma tarde o marido também viajou. A estação ficou cheia de amigos. Um a um se despediu dele, dizendo, com muito sentimento, um adeus.
Ludovico da Silva
A estação da pequena cidade servia para as despedidas das pessoas que viajavam. E sempre reunia muita gente, principalmente os amigos mais íntimos.Na rua principal morava um casal. Sem filhos. Marido e mulher gostavam de viajar, sempre juntos. Raramente um viajava sozinho. Quando isso acontecia, já haviam combinado a troca de correspondência, contando as belezas do lugar, as companhias, os passeios.E aconteceu que, certa vez, só a mulher viajou. Muita gente foi até a estação, para as despedidas. O marido ficou triste e os amigos, também.Como haviam combinado a troca de correspondência, ele ficou ansioso. O tempo foi passando e a mulher não mandava cartas.Foi daí que ele tomou da caneta e passou a escrever-lhe. As cartas voltavam. O carteiro sentia a mesma tristeza dele, a cada dia que portava uma carta de volta.E assim o tempo continuou passando. Muito tempo.Uma tarde o marido também viajou. A estação ficou cheia de amigos. Um a um se despediu dele, dizendo, com muito sentimento, um adeus.
Eu adoro os escritos do Sr. Ludovico e a foto está linda demais! Um abraço!
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