OS VÃOS DA VIDA
Ludovico da Silva
Nas manhãs de sol, saio a perambular pelas ruas da cidade, à procura de amigos, para bate-papos e preencher o vazio ocioso que a vida reserva às pessoas, após tantos anos na lida diária.
Nem sempre esse encontro acontece com a vontade que tenho e com a satisfação que quero. É que o tempo é um padrasto incompreensível. Leva os amigos para bem longe, que ficam no esquecimento ou na saudade.
Procuro nos jardins, nas esquinas, em cada pessoa à minha frente, na calçada do outro lado da rua, nos esbarrões acidentais, na voz que ouço, um rosto conhecido.
Sei que não é fácil.
Os invernos da vida entristecem olhares e sulcam as faces. Mas procuro alguém. Olho pelos lados. Canso-me. Tudo em vão. Os amigos sempre vão.
Ludovico da Silva
Nas manhãs de sol, saio a perambular pelas ruas da cidade, à procura de amigos, para bate-papos e preencher o vazio ocioso que a vida reserva às pessoas, após tantos anos na lida diária.
Nem sempre esse encontro acontece com a vontade que tenho e com a satisfação que quero. É que o tempo é um padrasto incompreensível. Leva os amigos para bem longe, que ficam no esquecimento ou na saudade.
Procuro nos jardins, nas esquinas, em cada pessoa à minha frente, na calçada do outro lado da rua, nos esbarrões acidentais, na voz que ouço, um rosto conhecido.
Sei que não é fácil.
Os invernos da vida entristecem olhares e sulcam as faces. Mas procuro alguém. Olho pelos lados. Canso-me. Tudo em vão. Os amigos sempre vão.
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