Erotização infantil
Ivana Maria França de Negri
Recebi via internet cópia de um livro didático adotado por escolas alemãs para a educação infantil. Por apresentar muitas ilustrações e pouco texto, creio que se destina a crianças bem pequenas. A pobre cegonha, antes tão festejada, ficou completamente desacreditada. Creio até que depois desta, foi definitivamente aposentada.
O livro mostra explicitamente de onde vêm os bebês, ou melhor, como são “fabricados”. Até aí, nada demais, pois as danças “da garrafinha”, “do enfiadinho”, entre outras, estão aí, sem censura alguma, na televisão e em qualquer horário do dia, e as“mulheres frutas”, expostas como carnes num açougue, prontas para serem consumidas, induzindo garotas de tenra idade a imitá-las.
O mais triste de tudo isso é que sequestraram a inocência e a fantasia das crianças.
O encanto de crescer é o despertar, o “descobrir”, mas agora tudo já vem pronto e fácil, como as insossas comidas congeladas e as frutas amadurecidas à força.
A criança passou a ser um robozinho, um mini adulto com responsabilidades demais, sem tempo para ser criança, para as fantasias e descobertas infantis.
Não sou de citar passagens bíblicas, mas me veio à mente um texto do livro Eclesiastes: “Tudo tem seu tempo na face da Terra”... E a infância é o tempo de brincar.
As crianças de hoje não podem sair de casa por medo de sequestros e assaltos. Então ficam na companhia das babás eletrônicas, televisão, joguinhos e internet, assimilando muito lixo mental.
Pular fases é prejudicial. Agora, querem acabar também com a fase mágica das descobertas. Tudo já vem explicado, direto, e a realidade é apresentada nua e crua. As crianças são maturadas à força e a vida perde muito do seu encanto.
Não se deve apressar as coisas. Explicar apenas o que a criança pergunta, não ir muito além. Tudo tem que vir no tempo certo, naturalmente, gradativamente, amadurecendo sem traumas.
Vejo garotas de pouca idade já se comportando como adultas, usando roupas inadequadas para a idade, desfilando como modelos e submetendo-se à ditadura da moda, dos regimes drásticos, tornando-se muitas vezes anoréxicas e bulímicas.
Aumentam assustadoramente os casos de pedofilia, uma aberração monstruosa que deve ter algo a ver com toda essa erotização infantil.
Deixemos as crianças serem crianças e brincarem como crianças. Tem muito tempo pela frente para que se tornem adultas. Dar muitas explicações antes da hora pode chocá-las ou erotizá-las, dependendo do temperamento de cada uma.
Papai Noel, coelhinho da Páscoa, fadas, duendes, era tudo tão mágico... Mas agora todos estão aposentados junto com a dona Cegonha. A fantasia acabou. Sinal dos novos tempos. Não sei se depois de toda essa “mecanização” do ser humano ainda resta espaço para o amor, laços familiares, virtudes, valores morais e espirituais.
O mundo está mudando e é preciso aceitar o novo. Mas tenho cá minhas dúvidas se as mudanças são para melhor ou pior...
Ivana Maria França de Negri
Recebi via internet cópia de um livro didático adotado por escolas alemãs para a educação infantil. Por apresentar muitas ilustrações e pouco texto, creio que se destina a crianças bem pequenas. A pobre cegonha, antes tão festejada, ficou completamente desacreditada. Creio até que depois desta, foi definitivamente aposentada.
O livro mostra explicitamente de onde vêm os bebês, ou melhor, como são “fabricados”. Até aí, nada demais, pois as danças “da garrafinha”, “do enfiadinho”, entre outras, estão aí, sem censura alguma, na televisão e em qualquer horário do dia, e as“mulheres frutas”, expostas como carnes num açougue, prontas para serem consumidas, induzindo garotas de tenra idade a imitá-las.
O mais triste de tudo isso é que sequestraram a inocência e a fantasia das crianças.
O encanto de crescer é o despertar, o “descobrir”, mas agora tudo já vem pronto e fácil, como as insossas comidas congeladas e as frutas amadurecidas à força.
A criança passou a ser um robozinho, um mini adulto com responsabilidades demais, sem tempo para ser criança, para as fantasias e descobertas infantis.
Não sou de citar passagens bíblicas, mas me veio à mente um texto do livro Eclesiastes: “Tudo tem seu tempo na face da Terra”... E a infância é o tempo de brincar.
As crianças de hoje não podem sair de casa por medo de sequestros e assaltos. Então ficam na companhia das babás eletrônicas, televisão, joguinhos e internet, assimilando muito lixo mental.
Pular fases é prejudicial. Agora, querem acabar também com a fase mágica das descobertas. Tudo já vem explicado, direto, e a realidade é apresentada nua e crua. As crianças são maturadas à força e a vida perde muito do seu encanto.
Não se deve apressar as coisas. Explicar apenas o que a criança pergunta, não ir muito além. Tudo tem que vir no tempo certo, naturalmente, gradativamente, amadurecendo sem traumas.
Vejo garotas de pouca idade já se comportando como adultas, usando roupas inadequadas para a idade, desfilando como modelos e submetendo-se à ditadura da moda, dos regimes drásticos, tornando-se muitas vezes anoréxicas e bulímicas.
Aumentam assustadoramente os casos de pedofilia, uma aberração monstruosa que deve ter algo a ver com toda essa erotização infantil.
Deixemos as crianças serem crianças e brincarem como crianças. Tem muito tempo pela frente para que se tornem adultas. Dar muitas explicações antes da hora pode chocá-las ou erotizá-las, dependendo do temperamento de cada uma.
Papai Noel, coelhinho da Páscoa, fadas, duendes, era tudo tão mágico... Mas agora todos estão aposentados junto com a dona Cegonha. A fantasia acabou. Sinal dos novos tempos. Não sei se depois de toda essa “mecanização” do ser humano ainda resta espaço para o amor, laços familiares, virtudes, valores morais e espirituais.
O mundo está mudando e é preciso aceitar o novo. Mas tenho cá minhas dúvidas se as mudanças são para melhor ou pior...
Parabéns pelo trabalho e pelo alerta aos pais e educadores. A literatura Infantil precisa ser levada a sério!Ana Marly de Oliveira Jacobino
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