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sexta-feira, 27 de maio de 2022

PRA SEMPRE, ENQUANTO DUROU...



Lídia Sendin

Hoje eu levantei com um verso na cabeça,
Cheio de saudade e pleno de paixão.
Escrevo agora para que ninguém se esqueça
Das tantas coisas que nos doem no coração.

O toque sonoro ecoando pela rua.
Oh! Como era bom o coreto do jardim.
Como testemunha uma clara e branca lua:
Sua mão está na minha, até que enfim!

E no banco azul de madeira envelhecida,
Nós sentamos com as promessas de amor,
Mal sabia o tempo que tudo nesta vida,
Tem começo, fim, alegria e muita dor.

A eternidade nos foi interrompida
Pela mão severa do tempo que passou
E a felicidade um dia pretendida
Foi como um momento que a gente só sonhou.

Esta dor maior é do que ficou ausente,
Que saudade eu tenho daquilo não vivido,
Como um desejo a morar eternamente
Na minha lembrança sem nunca ter partido.

Mas quando lembro que sonhos são fugazes,
Embalo na alma essa dor inevitável,
Penso nas conquistas de que fomos capazes
E já não me importo com o que não foi durável.




sábado, 21 de maio de 2022

“SOFRÊNCIA”


Lídia Sendin

É um medo que agonia,
É a dor que não vai embora,
Nem mesmo a doce poesia
Faz rir o rosto que chora.

Tristeza pega na gente
Sem motivo, sem razão.
E mesmo que não se aguente
Não passa essa aflição.

É uma estranha amargura
Que o universo não explica,
Não há direção segura,
Não se vai e nem se fica.

Só nos resta o desejo
De uma ajuda da ciência,
Outra solução não vejo

Pra acabar com essa sofrência.

quarta-feira, 18 de maio de 2022

ELEMENTO DE IDENTIDADE



Angelvira Carmine

 

Ser conjunto

Unitário é

 

Sentir-se

Conjunto

Vazio é

 

Perder-se na

Temática.


Porque ninguém é feliz sem ninguém.

sexta-feira, 6 de maio de 2022

Em dia de chover-me


Angelvira Carmine

 

Usei um
Descarta-chuva
Molhou até
A alma.
Bem que
Precisava
De um
Banho interior.
Pra guardar-o-sol
Em mim.