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quinta-feira, 28 de junho de 2018

Posse da nova diretoria da Academia Piracicabana de Letras

Nas dependências do anfiteatro da Biblioteca Municipal, tomou posse a nova diretoria para o mandato de 2018/2021 em 22 de Junho
 Integrantes da nova diretoria

Presença da Secretária Municipal de Cultura Rosangela Camolese



 Acadêmico Barjas Negri dando as boas vindas
 Acadêmico Edson Rontani Junior






 Orador - acadêmico Alexandre Neder


 Acadêmicas Elda Nympha Silveira e Aracy Duarte Ferrari
 Acadêmicas Lourdinha Piedade Sodero Martins, Raquel Delvaje e sua filha Maittê
 Diretora da Biblioteca Rosana Oriani e Lourdinha
 Jocely Cerqueira Lazier - diretora do Centro Cultural Martha Watts, Vera e Gustavo Alvim,  Valdiza Caprânico -presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Piracicaba, acadêmicos Walter Naime e João Nassif - coordenador do Recanto dos Livros
 Acadêmicos Cássio e Ivana Negri
 Jocely, Vera e Gustavo

 Acadêmicas Carmen Pilotto e Leda Coletti

 Acadêmico João Baptista Negreiros Athayde e sua esposa Vera
 Familiares do novo presidente Vitor Vencovsky

 Acadêmica Carla Ceres e seu esposo Leroy
 Vera e Gustavo Alvim, Alexandre Neder, Vitor e Catarina
 Acadêmicos João Nassif, Valdiza Caprânico, Waldemar Romano e Aracy Ferrari

 Dulce Fernandez, Carmen Pilotto, Luciana e Marcelo Maroun
 Dulce Ana Fernandez e Aracy Duarte Ferrari
 João Nassif e João Batista de Camargo


 Vitor, Catarina e os filhos Leonardo e Eduardo

quarta-feira, 20 de junho de 2018

CRER E NÃO CRER EM DEUS


                                       

                                                         
Eloah Margoni

    Hoje, mais do que em qualquer época, por causa dos computadores e da informática, tornou-se paradoxalmente quase impossível crermos em deus e, ao mesmo tempo, improvável deixarmos de crer Nele! Isso porque tudo não se resume apenas em questão de fé. Essa mesma “fé”, mistura de nossos desejos e necessidades concretas e psicológicas, de medos e frustrações, de nossas experiências subjetivas bem secretas, de nosso raciocínio e observações, deságua em conclusões inevitáveis.
      Quando digo ser muito difícil acreditar em deus (com letra minúscula) falo numa entidade que nos “reconheça”. Ou melhor, que reflita nossa imagem, considere-nos as particularidades e seja conivente com os flutuantes valores humanos, com a limitante pequenez a qual somos presos, elevando-nos tal entidade, de modo injusto ou corrupto até, ao patamar dos seres mais fabulosos do universo. Por outro lado, ao pensarmos na “nuvem” da informática, onde guardamos fotos, vídeos importantes ou idiotas que recebemos na internet, nuvem essa para onde um celular moderno envia automaticamente o que nos chega sem termos de solicitar ou acionar nada, colocando tudo em ordem cronológica, anotando datas e até mesmo locais do planeta onde as fotos foram tiradas, parece-me negligente desconsiderarmos a existência de um Deus como um núcleo organizacional impessoal, inexorável, autossustentável, de imensurável capacidade, humanamente inconcebível, o Qual coordene todos os processos, formas de vida, leis paralelas e realidades deste universo, assim como as possibilidades totais de mundos alternativos, com suas maravilhas e horrores (em nossa concepção) que por acaso existam. Dizem os cientistas que estes mundos existem. O referido centro energético, por outro lado, sem se ater a nenhuma de tais realidades, cria-as, coordena e destrói universos inteiros de modo totalmente impessoal.
          Se você pesquisa um hotel na internet, aparecem-lhe em seguida, uma série de sugestões de outros hotéis e viagens em qualquer página na qual você esteja. Ou surgem propagandas, sugestões e alusões relativas a seu sexo, a buscas feitas, à faixa de idade. Então, viu? A “rede” me conhece, sabe de mim, ajuda-me, me ama de forma particular! Ora...  O carro moderno dá-nos também “bom dia” como se ali houvesse alguém a nos acolher, a TV inteligente se comunica comigo, mas é só maquinaria. E a Wikipédia, com tantas informações as respeito de tudo? O que tanto nos interessa ali para pesquisas é totalmente escrito por robôs, muito embora a pessoa média, o cidadão ou cidadã comum como eu, mal saiba o que seja um robô na internet nem como este trabalha, nem onde tais “seres” robóticos cheios de mistérios ficam. Mas o resultado lá está ao nosso alcance.
         No mais, você tinha um problema qualquer, rezou, pediu e foi atendido. Então deus realmente existe porque o ouviu?  Até meu celular me ouve e responde corretamente. Nem por isso creio que ele creia em mim. E também muitos não fomos atendidos em nossas suplicantes orações, mas você sim. Trata-se só da Vontade caprichosa desse deus estranho? Quando acionamos o aplicativo certo no moderno telefone, acessamos a central que queremos, conseguimos o que buscamos. Se usarmos o caminho errado ou a tecla errada, nada conseguimos. Tocando o local exato, o aparelho me responde, mas se não encontro o caminho virtual há erro.
         Estou querendo dizer com isso que Deus, o núcleo infinito, a absoluta concentração original de energia, disponibiliza ferramentas estupendas, aplicativos conhecidos e desconhecidos, programas e canais para acessarmos isso ou aquilo? Sim. Mais ou menos. Mas longe de mim a ideia de comparar o inconcebível núcleo com máquina, pois máquina o homem concebe, mas a energia original jamais! Está além de todos os aléns.
    O fiel e o crente podem eventualmente encontrar a ferramenta para algum procedimento junto a Deus (ou deus), mas um sábio também pode. Só o buscador da verdade imparcial e do conhecimento passa toda a vida tentando achar a saída do labirinto de tantos faunos e ratos. Porém, achar ou não achar a verdade que, dizem, libertará, é questão intricada nos baús das dez mil verdades subjetivas... Mas começar a trilhar o caminho do conhecimento é totalmente opcional. É voluntário e exige força, recurso interior acima da descrença que à luz da tecnologia atual nem se justifica, e igualmente acima da fé simplista, sem razão de ser se não se mostrar ferramenta afiada, se for apenas reflexo da ignorância, medo e esperança humanos. O buraco que existe e que também não existe, está mais acima ou bem abaixo. Está em toda parte. Intuí-lo, percebê-lo ou utilizá-lo e sintonizar-se com ele é outra história.

segunda-feira, 18 de junho de 2018

Pequeno conto junino



Olivaldo Júnior

            O menino tinha apenas uns dez anos de vida. Não sei ao certo, pois eu não morava na Cidade. Era um forasteiro que, de quando em quando, passava por ali. Mas o rosto do moleque não me saía da lembrança, pois se parecia muito com o rosto do filho que tive e que Nosso Senhor tão cedinho levou... Que saudade! A mesma que eu matava toda vez que chegava à cidadezinha em que morava o menino que era filho do dono da venda, o pequeno José.
            José adorava quermesse. Seus olhinhos de quem ainda não viu quase nada faiscavam quando viam as faíscas da fogueira que o povão aprontava no terreno baldio, detrás da igreja. Quanta vontade de fazer como a galera mais velha e sair pisando a brasa, para a prova de que o fogo só queima os mais lentos! Sentia outro fogo em si mesmo, em sua alma infantil, sempre envolta em traquinagens com o amiguinho João. Eu, que nem morava lá, via tudo isso.
            No dia de São João, José e seu amiguinho corriam soltos pela praça quando eu, que arrastava asa para uma bela morena, caso antigo, em pleno revival, topei com os dois, que derrubaram toda a pipoca no chão. “Minha pipoca!”, disse José, todo choroso. João, mais conformado, ofereceu uns trocos ao pobre e, quando já se iam embora, deixei a dona de lado e, num gesto de coragem, falei com José: “Deixa que eu pago a pipoca dos dois”, que, no início, não queriam aceitar, mas, depois de pensarem por exatos cinco segundos, aceitaram o agrado. “Espera, amor, que já volto!...”, falei para a bela que me dava bola e bebia um quentão.
            Assim, na barraca de pipoca e milho verde quentinho, paguei pipoca e leite quente para os dois, que me agradeceram muito e, de posse dos mimos, lá se foram para a festa, ao som de modas de Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Elba e Companhia Ilimitada, pessoal do Norte e Nordeste que tanto canta a tradição popular brasileira, sobretudo a junina. Nem olharam para trás, mas, ao dar pipoca e leite para o José, dava um pouco de alegria para o meu filho.
            “Olha pro céu, meu amor / Vê como ele está lindo / Olha pra aquele balão multicor / Como no céu vai sumindo”... E a bela da noite, doidinha por mim, notou uma lágrima junina em meus olhos, que, ainda hoje, diz que foi por ela...

terça-feira, 12 de junho de 2018

Um Amor para recordar


(Sobre o romance de Nicholas Sparks*)
Olivaldo Júnior

- Num enredo de cinema,
num romance juvenil,
um casal se torna o tema
dum amor primaveril...

Ele custa a compreender
que ela é luz em sua vida;
e os dois custam a saber
que viver tem despedida...

Da canção que enluarar
Jamie e Landon no salão,
uma estrada vai brilhar!...

Quando Deus os separar,
vão ser dois num coração:
- "Um amor pra recordar".

UM AMOR DE NAMORADOS


(Amarelo bem-me-quer)
Olivaldo Júnior

Na varanda, na Internet,
numa página qualquer,
nossa história se repete:
amarelo bem-me-quer...

Amarelo bem-me-quer,
cuja pétala é "confete",
Carnaval de quem vier
de cavalo, de charrete...

Numa praça, enovelados,
despetala seu destino
um amor de namorados...

Um amor de namorados,
sentimento peregrino
dos casais despetalados.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

I Sarau Literário da E.E. Dom Aniger F. de M. Melillo

Com muita música, teatro, contação de histórias, declamação, jogral, dança e animação, realizou-se o I Sarau da Escola Estadual Dom Aniger em Piracicaba
Parabéns aos professores, diretores, organizadores, alunos e convidados.
Integrantes do Centro Literário prestigiaram o evento.