As reuniões do Grupo Oficina Literária de Piracicaba são realizadas sempre na primeira quarta-feira do mês, na Biblioteca Municipal das 19h30 às 21h30

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Com o escritor Ignacio Loyola Brandão

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Reunião na Biblioteca

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Medalha de Mérito Cultural/2015 - Leda Coletti


Artistas de várias modalidades e empresas receberão medalhas de mérito cultural por destacarem-se em suas áreas e por promover a cultura piracicabana.
Leda Coletti, integrante da Academia Piracicabana de Letras, do Grupo Oficina Literária de Piracicaba, do Centro Literário de Piracicaba e do Clube dos Escritores, recebe a medalha "Branca Motta de Toledo Sacks" na área de Literatura / 2015

CONTEMPLADOS – MÉRITO CULTURAL EM 2015
TROFÉU FABIANO LOZANO
Orquestra Sinfônica de Piracicaba
ARTES PLÁSTICAS – Medalha Umberto Silveira Consentino
Gracia Nepomuceno
MÚSICA – Medalha Prof. Olênio de Arruda Veiga
Débora Letícia
ARQUITETURA – Medalha Serafino Corso
Cyro Octávio Gatti Ferraz de Toledo
LITERATURA – Medalha – Profª Branca Motta de Toledo Sachs
Leda Coletti
ARTES CÊNICAS – Medalha – José Maria Carvalho Ferreira
Fátima Cristina Monis
ARTES VISUAIS E FOTOGRAFIA – Medalha Cícero Corrêa dos Santos
João Carlos do Nascimento Ferreira
DANÇA – Medalha Iris Ast
Greice Arthuso
FOLCLORE E TRADIÇÕES POPULARES – Medalha João Chiarini
José Carlos de Moura
CONTEMPLADOS – MÉRITO EMPRESARIAL 2015
Acipi (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba), Bolo da Madre, Maison Vivenda Buffet, Apapir (Associação da Indústria de Panificação e Confeitaria de Piracicaba e Região), Grupo Bom Jesus, Delta Supermercados, Solpack, Oji Papéis Especiais Ltda e ArcelorMittal.
SERVIÇO – Cerimônia de entrega das medalhas de Mérito Cultural, Troféu Fabiano Lozano e Mérito Empresarial 2015. Dia 29 de setembro, às 19h30, no Teatro do Engenho. Entrada gratuita.

sábado, 26 de setembro de 2015

PRESENTES



                                                                       Pedro Israel Novaes de Almeida
            Não é fácil presentear.
            O presente é a consequência natural do comparecimento, em substituição ao antigo telegrama, atual e-mail ou telefonema, justificando a ausência. É fácil presentear pobres, pois qualquer lembrança é útil, e sobra-lhes educação para não medir em cifrões o valor da homenagem.
            Difícil é presentear idosos, quando ultrapassam os 90 anos. As mercadorias que necessitam costumam habitar as prateleiras das farmácias, mas recebem de bom grado chinelos, livros, CDs e cosméticos.
            Ricos possuem poucas necessidades materiais, e devem ser presenteados com originalidade, como artesanato, bebidas extravagantes, objetos raros e, também, livros. Crianças, ricas ou pobres, ficam encantadas com qualquer presente que não seja roupa, sempre vista como obrigação dos pais.
            Quando de casamentos, os presentes visam equipar a nova residência. Com as listas de compras à disposição dos convidados, nas lojas, os casais puderam refrear a avalanche de garrafas térmicas, cinzeiros, joguinhos de xícaras e pingüins de geladeira, que chegavam às centenas.
            Os noivos em geral aderiram à moda de nomear dezenas de padrinhos, artifício para melhorar o valor médio dos presentes. A tendência é termos mais padrinhos que convidados comuns.
            Existem padrinhos de geladeira, de fogão, de TV, de viagem de lua-de-mel, etc. Até para a comemoração de bodas estão nomeando padrinhos.
            São poucos os presentes, quando o convite informa que os noivos despedem-se na igreja. Em pequenas cidades, todos investigam se a comemoração foi, de fato, restrita a parentes e padrinhos.
            Nem sempre os presentes agradam. Ninguém fica alegre ao receber um estimulante sexual, creme anti-rugas ou manual de boas maneiras.
            Sovinas usam calculadoras para decidir se comparecem ou não a alguma festa. O valor das guloseimas não pode ser inferior às despesas de transporte, somadas ao eventual presente. Só contrariam a regra quando a recepção oferecer vantagens de relacionamento comercial ou político.
            É comum, nas capitais, os aniversários com despesas rateadas, sem presentes. Os provenientes do interior estranham tal modalidade de comemoração.
            Os livros continuam sendo lembranças universais, da primeira à maior idade, sendo conveniente a prévia sondagem das preferências do homenageado. Para jovens, é difícil fugir dos eletrônicos e roupas de grife.
            Existem categorias que devem ser presenteadas mesmo quando não aniversariam ou nada comemoram, pela presença em nosso dia-a-dia, como os lixeiros e carteiros. Um amigo, Madaleno, certamente emendaria: também os poetas.

            Presentes são lembranças, e como tais devem ser recebidos. Presentes também preenchem a pauta da semana, quando a falta de assunto atormenta o articulista.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

SEM TEMPO


 Daniela Daragoni Alves

Realmente, ando sem tempo
Não é pouco caso, não é raiva, não
Acontece que eu mudei
e agora só carrego comigo
aquilo que traz leveza pro meu coração...
Nas mãos, muitas sementes para plantar
Nas prateleiras, muitos livros para ler
No coração, uma disposição enorme para ser feliz
Desculpa aí, mas ando sem tempo para discutir com você.

domingo, 20 de setembro de 2015

DESABAFOS



                                     *Amélia Dal Picolo Coletti ( In Memorian)
           
                
Na cadeira de balanço sentada
Admiro os arvoredos que plantei,
Também meu jardim um tanto abandonado,
Onde pelas flores sempre me encantei.

 Agora, nos meus noventa e cinco anos,
Vejo quantas energias empreguei,
E, se estou com menos força física
Procuro amparo, consolo no que já semeei.

Na roça, onde trabalhei por bom tempo,
Vivi, amei de coração a natureza,
Aprendi que nela tudo tem sentido
Parece grandiosa festa com surpresa.

Embora minha memória antes tão pródiga
Esteja ficando frágil, até escassa
Sempre esbarra nas lembranças de outrora
As quais estão se indo, deixando só  a fumaça..


 *Neste 5 de Julho  p.p. Amélia completaria 101 anos

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Poesia/poema


Irineu Volpato


no ato de poemas se criarem, por vezes bastam os olhos, que batem em qualquer quadro, mesmo banal. Outras vezes os sentidos que timpanam aís emboras.De vezes a memória, naquela sapejar etéreo, viajando o nada.
A gente sabe que de repente é algo que arrebenta dentro da gente e cresce de vezmentem assim células transadas.
O poema quando baixa, já vem poema, demudado talvez de outra imagem, ideia,saibo. Chega estral, nefelibata imágico, fantástico. E passa se fundar e move em nós o ofício humano da palavra, que consiga dizer o que conosco se passa, verbos que conjuguem desenhando.
E quando poema se poema... vem então a alvenaria, cantaria com camatelo, cinzel, brocha, trincha, lima, lixa, o afinal adeus já no papel, que dês...dele seremos mero leitor como os demais
.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

sábado, 12 de setembro de 2015

Meu Deus!


Helena Curiacos Nallin

Oh! meu Deus,
            não me deixeis morrer numa manhã de sol.
é tão triste deixar este mundo
numa bela manhã ensolarada.
ser enterrada na escuridão,
quando Vossa Luz brilha para todos.
Oh! não Senhor!
meu Deus,
            não me deixeis morrer numa tarde chuvosa.
è tão triste, Senhor, deixar este mundo
debaixo da chuva fria e ir morar na lama.
Senhor,
            não me deixeis morrer numa estrelada noite de verão
Senhor, a noite estrelada nos convida a amar,
            não me deixeis morrer!
só se for para ver um Sol maior,
uma chuva mais abençoada e um imenso amor.

            só se for para Vos ver, Senhor!

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

CONVITE

                            

A  direção da EE Profª CATHARINA CASALE PADOVANI tem o prazer de convidar os “leitores” ( gestores, professores, alunos e funcionários )  da DER de Piracicaba para o evento de lançamento do livro TRANSVERSURAS DA CATHARINA.
                        Dia:  11/09/2015
                        Horário – 20:00 h
                        Local – EE “Profª Catharina Casale Padovani”
                        Rua Virgílio da Silva Fagundes, 1054 – Sta.Terezinha- Piracicaba

Desde já, agradecemos a presença de todos 

                                                                                  Christina A. Negro Silva

                                                                                         Diretora da U.E.

domingo, 6 de setembro de 2015

A mensagem dos porcos do Rodoanel


Ivana Maria França de Negri

            Eram apenas porcos indo para o matadouro. Cena que acontece todos os dias, centenas de caminhões madrugada adentro levando os pequenos cristos para serem imolados em frigoríficos para que sua carne vá ainda fresca e gotejando sangue para os açougues.
            Ninguém nunca quis saber de sua vida, de seu sofrimento, de sua angústia, afinal, humanos são consumidores de bacon, linguiça, salame, salsicha e outros produtos oriundos desses pobres infelizes. No imaginário popular porcos são animais sujos, grotescos, uma simples carga num caminhão.
Nesta semana, aconteceu algo inusitado, que surpreendeu a todos. Num acidente no rodoanel de Barueri, um caminhão tombou lotado de porcos. Tentaram desvirar a carreta com os animais dentro e o resultado foi terrível, muitos se machucaram gravemente e morreram, e outros sobreviveram feridos, repletos de fraturas.
Ativistas da causa animal se uniram pelas redes sociais e logo um mutirão estava lá, oferecendo água para eles e tentando resgatá-los. O frigorífico já tinha remanejado  cerca de vinte e dois animais, mas os protetores não queriam que fossem para o matadouro depois de tanto sofrimento. Foram horas e horas de agonia. Conseguiram consentimento para levar os que restaram vivos e feridos para um santuário onde animais de todo porte, resgatados de casos de maus tratos, tem guarida, comida e carinho.
Foi uma conquista, um marco para os protetores de animais. Todos sabemos que outros milhares irão em outros caminhões rumo ao cruel destino. Mas a grande vitória foi conseguir abertura para um assunto considerado tabu, fazer com que as atenções se voltassem para os animais criados para consumo humano. Não é de interesse da indústria, dos frigoríficos e revendedores, mostrar o holocausto que os animais vivem. O marketing mostra uma imagem completamente diferente, de animais felizes e soltos.
Animais vistos meramente como comida, tiveram seu sofrimento mostrado nas redes sociais e nos noticiários televisivos. Geralmente esse tipo de notícia tem como protagonistas cães, gatos ou cavalos que tenham sofrido maus tratos ou vivido dramas diversos. Nunca um animal criado para consumo teve sua vida de tortura mostrada abertamente na mídia.  E os porcos foram vistos, talvez pela primeira vez, como animais que merecem compaixão e respeito. Havia fêmeas prenhas, umas com mastite, outras com mamas inchadas o que demonstrava que estavam amamentando, todas obesas, estressadas, com sede, e muito medo, como acontece todos os dias e ninguém vê.
A ciência afirma que porcos tem inteligência superior à dos cães. A criação deles é uma das mais cruéis. As matrizes são contidas em baias minúsculas e não podem mover-se para engorda rápida. Quanto mais rápido engordam, mais cedo vão para o abate. São obrigadas a parir a vida toda e amamentam seus filhotes através das grades. Muitos dos filhotes, ainda bebês, vão para o matadouro. É uma indústria insana, em ritmo frenético, pois é preciso abastecer esse comércio que aumenta cada vez mais.
Muitos jornalistas televisivos fizeram comentários de muito mau gosto como o Bóris Casoy (aquele que zombou dos garis sem saber que estava no ar) que encerrou a matéria com esta pérola: “que desperdício de feijoada”. Esse infeliz perdeu mais uma oportunidade de ficar calado.
            Que este acontecimento trágico sirva para reflexão, que pensemos quanto sofrimento causamos aos animais, criaturas inocentes e vítimas da voracidade humana.

sábado, 5 de setembro de 2015

O mar amanheceu abraçando um anjinho


Daniela Daragoni Alves

O dia amanheceu mais triste
Porque o mar amanheceu abraçando um anjinho
Pequeno, indefeso e frágil
Mas que já havia visto tanta guerra e tanto terror no seu caminho.

O dia amanheceu mais triste
Por saber que a maldade não poupa nem as crianças...
Por saber que pouco a pouco estão exterminando
Matando nossas únicas esperanças...

O dia amanheceu mais triste
Como não chorar, como não se comover
Se ele tinha a mesma idade do meu filho
Se ele ainda tinha tanta coisa pra viver?

O mar amanheceu abraçando um anjinho
E o dia ficou mais triste, difícil de suportar
Por saber que isso acontece a muito tempo
E que essa guerra não tem data pra acabar...

Segue seu caminho luminoso anjinho lindo
Vá para o único lugar seguro, onde você não precisará fugir, onde o mar não irá te abraçar
Que lá você possa ser feliz e brincar com as outras  crianças
E encontre a paz que não encontrou aqui nesse lugar...

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Lua Azul


            Leda Coletti
           
No último dia de julho
a lua ficou mais linda,
além de cheia, azul
 foi pra Terra mui bem-vinda.

Presente de aniversário
para a Noiva da Colina
que amanheceu mais feliz
com sorriso de menina.

Lua, da noite rainha
pelas estrelas amada,
pedimos nunca nos prive
da luz   intensa, dourada.


Piracicaba, nos seus 248anos