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Com o escritor Ignacio Loyola Brandão

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Reunião na Biblioteca

sábado, 8 de fevereiro de 2014

DIZER QUE AMA, NÃO BASTA



Plinio Montagner

Não basta dizer - eu te amo - e ficar por isso mesmo. Você planta uma mudinha, e esquece? Não rega? Não poda?
Se você conquistou, casou e teve filhos, acha que é dono de alguma coisa? Que adquiriu uma propriedade?
Quem ama de verdade, cuida, namora a vida toda. Lembram da mensagem do principezinho? - Se você cativa uma rosa será eternamente responsável por ela.
Família é a mesma coisa: esposa, marido e filhos vêm em primeiro lugar. Mãe e pai - é outro assunto - não se escolhe. Ama-se de qualquer jeito.
Você diz que ama, mas demonstra isso? Quando quebra alguma coisa em sua casa, uma maçaneta, um interruptor, o ferro elétrico, um puxador de gaveta de armário, você, maridão, conserta, providencia o conserto, ou deixa para sua mulher resolver? Essas coisas são de homem.
Trabalho, amigos, bar, clube, futebol, são importantes; são fontes de energia que alimentam a harmonia no relacionamento. Mas é preciso mais: carinho e presença.
Bens materiais sem romantismo não são provas de amor nem são suficientes para evitar abatimentos. Quem ama deseja estar junto, quer a presença do outro, sair junto, viajar junto, quer ver o outro alegre, rir.
Depois do casamento muitos maridos não levam a esposa a lugar nenhum o ano inteiro. Cinema, teatro, shopping, show, boates, não são lugares exclusivos de solteiros e de paquerar. Quem casou não morreu para essas coisas.
É certo que o trabalho e os compromissos do casamento tomaram o tempo de lazer, antes abundante. Mas sempre há de se dar um jeito.
Quem ama que ver o outro feliz, e fica infeliz se o outro está triste. Alguns cônjuges se acostumam tanto com a mesmice da relação que nem percebem quando o outro está deprimido.
Quem ama de verdade, quando sai, diz aonde vai, depois telefona para dizer se vai demorar ou não. As mulheres dão muito valor a essas atitudes do que presentes e frases de amor.
O casamento não é contrato de compra e venda, algo que se compra e é colocado numa gaveta, num cabide, numa prateleira ou num cofre. É um bem que não pertence a ninguém. O outro é livre e, se maltratado, vai embora.
Muitas vezes percebe-se que alguém existe só quando desaparece ou morre. Nas famílias isto também acontece. Familiares estão juntos há décadas, e não se veem. É como se não existissem.
Você ama seu pai e sua mãe? Então lhes dê atenção, ouça e responda quando eles falam com você. Ofereça-lhes ajuda. Muitos filhos só abraçam seus pais no dia deles na folhinha. E nem sempre sincero.
Ama sua mãe? Então converse com ela, mas não fique falando só de você e de seus problemas; arrume as camas para ela, lave os pratos do jantar, sirva o café da manhã. Já viajou com ela alguma vez?
Ama seu filho? Então faça a lição de casa com ele, leve-o à escola, ao dentista, ao fonoaudiólogo, ao estádio para assistir ao jogo de seu time. Essa lida não é só de mulher ou de esposa.
Ama se marido? Ama sua mulher? Viajem juntos, arrumem tempo para conversar numa tarde qualquer, ou ao luar como faziam, pelo menos uma vez na vida.
Marido e esposa não são plano B. Beleza, dinheiro e heranças acabam. Mocidade se esvai, e a vida também.

Não esperemos uma doença para demonstrar e recuperar delicadezas e carinhos esquecidos.

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