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Com o escritor Ignacio Loyola Brandão

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Reunião na Biblioteca

domingo, 26 de maio de 2013

Sem eira nem beira



Ludovico da Silva
Ludovico da Silva
As boas coisas que circulam pela internet podem ser relembradas, eis que muitas delas aguçam a curiosidade em torno de seu entendimento. Expressões que ficaram marcadas no tempo e relembrá-las sempre é interessante pelo que revela seu conteúdo.
Quando se fala “nas coxas” pode, em princípio, causar impressão não verdadeira. Entretanto, as palavras traduzem que as primeiras telhas usadas nas casas no Brasil eram feitas de argila, moldadas nas coxas dos escravos. Como os escravos variavam de tamanho e porte físico as telhas ficavam todas desiguais devido aos diferentes tipos de coxas. Daí a expressão fazendo nas coxas, isto é, de qualquer jeito.
No embalo desse significado encaixa-se aquele referente aos telhados de antigamente, que possuíam eira e beira, detalhes que conferiam “status” ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Não ter eira nem beira significava que a pessoa era pobre, estava sem grana.
Conta-se que “ficar a ver navios” tem a seguinte história: dom Sebastião, rei de Portugal, havia morrido na batalha de Alcacer-Quibir, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por esse motivo o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca. Comum era as pessoas visitarem o Alto de Santa Catarina, em Lisboa, para esperar pelo rei. Como ele não voltou, o povo ficava a ver navios.
Quem já não ouviu falar que alguém não entende patavina? Pois é. “Os portugueses encontravam uma enorme dificuldade em entender o que falavam os frades patavinos, originários de Padova, Itália. Sendo assim, não entender patavina significa não entender nada”.
Esta é de farmacêutico: dourar a pílula. Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas em papel dourado, para melhorar o aspecto de remédio amargo. A expressão dourar a pílula significa melhorar a aparência de algo.
E como se explica a expressão conto do vigário? Duas igrejas –– seriam de Ouro Preto –– receberam uma imagem de santa como presente. Para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários contaram com a ajuda de um burro. A explicação é a seguinte: colocaram o burro entre as duas paróquias e o animal teria que caminhar até uma delas. Conta-se que a escolhida pelo quadrúpede teve treinamento do seu vigário.
Violência em família deu origem ao “voto de Minerva”. A história registra que Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado pelo assassinato da mãe, que havia assassinado o marido Agamenon, com a ajuda do amante Egisto. No julgamento, houve empate, cabendo à deusa Minerva a decisão, que foi a favor do réu. Eis porque o “voto de Minerva” entrou para a história como decisivo em questões de empate em julgamentos

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