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Com o escritor Ignacio Loyola Brandão

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Reunião na Biblioteca

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS


Adenize Maria Costa

Adoro ver e rever fotografias. Dia desses após um café da manhã delicioso na casa da minha irmã começamos a ver os vários álbuns de fotografias que ela tem: casamento, formaturas, aniversários, fotos de encontros de família, fotos de viagens, de carnaval (arrasávamos no Bloco das Panteras).
Revendo as fotos das crianças, meus filhos e sobrinhos, os filhos dos nossos amigos é que consigo perceber o quanto o tempo passou depressa. Como eles cresceram...
Fica sempre o questionamento será que aproveitamos bem nossa juventude? Será que curtimos o suficiente nossas crianças ainda pequenas?
É uma viagem ao passado. Rimos tanto dos nossos cabelos, das roupas, o quanto éramos magrinhas. Inevitavelmente lembramos também das agruras da vida, as privações que passamos, as nossas humildes vontades. Me lembro que uma vez fiquei com vontade do tomar sorvete colegial, uma de minhas irmãs ficou até com febre de vontade de comer queijo com goiabada.
E as nossas crianças? Ficávamos lembrando das travessuras deles, do que cada um gostava, das manias que cada um tinha. Meu filho quando chegávamos na casa da minha mãe ele já entrava depressa atrás de minha irmã e pedia: “tia, fá boio!”. E minha irmã se já não estivesse com um bolo assando no forno já corria providenciar, era o primeiro sobrinho então todo mundo paparicou um pouco.
Lembramos com um misto de alegria e saudade das pessoas que já não estão mais entre nós.
Meu avô paterno todo posudo no álbum de casamento de minha irmã, nem podíamos imaginar que dias depois ele iria dormir pra nunca mais acordar... Gostava de uma festa, gostava de encontrar-se com a família, de estar em família..
Olhando aqueles álbuns todos e percebendo o quanto o tempo passou penso no quanto somos felizes, ainda estamos aqui vivendo e fazendo história, num novo tempo.
Nossas crianças cresceram, é verdade, hoje já são homens e moças feitos, embora eu ainda encontre por trás daqueles olhos, ou num riso, numa franzida na testa, aquelas crianças lindas que trouxeram tantas alegrias às nossas vidas. Não me esqueço do meu sobrinho que tem o apelido de Véio porque é sério, de meias palavras, azedo desde neném, quando tinha três aninhos eu costumava ligar na casa da minha irmã e pedia pra falar com ele, eu dizia: “Vi, do you love me?” Sem saber o que dizia mas porque ensinei ele respondia: “Yes, I do”. “How much?” - eu perguntava. E aquela vozinha de criança me respondia: “ So much”. E eu finalizava: “ I love you so much too”... Meus colegas de trabalho e a colaboradora da minha irmã me achavam maluca mas aquela maluquice enchia meus dias, minhas tardes de encantamento.
As crianças cresceram, pessoas queridas partiram faz parte da vida. Ah! A Vida.
Que benção, que graça maravilhosa olhar pra tudo isso, olhar para o nosso passado e saber que precisamos passar por tudo o que passamos pra chegar até aqui. Somos o resultado disso não tem jeito.
Se a vida estiver dura demais, se estiver faltando alegria pega um álbum de fotografias faz uma visita no passado pra dar coragem no presente e esperança no futuro.

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