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Reunião na Biblioteca

domingo, 5 de junho de 2011

Natureza X Humanos


Ivana Maria França de Negri

A tragédia está montada. Não se trata de um palco grego, um drama shakespereano, mas o confronto entre humanos e natureza. Uma luta de titãs.
Dizem que a corda pende sempre do lado mais fraco. É a supremacia do ser racional, inteligente, no topo da hierarquia dos animais e detentor do livre arbítrio, sobre a submissa e frágil natureza.
Nos derramamentos de petróleo, centenas de criaturas sucumbem com o óleo negro impregnado em suas penas impedindo-as de voar, entrando pelas gargantas e sufocando-as numa lenta agonia.
Arpões zunem nos mares tingindo de rubro as águas. Ecoa inutilmente o grito aflito, o pedido de socorro que ninguém ouve.
Rifles rugem pelas matas e tombam espécies em extinção. Viram peles e troféus.
Extensas áreas de matas incineradas, outras tantas derrubadas sem piedade, deixam escorrer a hemorragia verde sob a voracidade dos machados e motosserras.
A camada de ozônio desaparece. A temperatura sobe, a terra arde em febre. Milhões de novos automóveis, a cada ano, despejam fumaça tóxica deixando um rastro de poluição e o ar irrespirável.
Enquanto isso, o homem ergue estéreis florestas de concreto, de torres, de antenas, e chama isso de progresso.
O verde vai cedendo lugar ao cinza. As cores embotam, descoram, desaparecem.
E já não há florestas, nem parques, nem folhas, nem flores e nem frutos. Nem animais, nem água pura e nem mesmo se pode avistar uma nesga de céu azul.
A água vai rareando e se torna pestilenta, fétida, turva e pastosa. Os peixes perecem e brumas negras encobrem o sol e a lua. Já não sabemos se é dia ou noite, tudo é cinzento.
Pobre homem insensato. Pensa que ganhou a guerra contra a natureza, mas não sabe que aniquilando-a, está decretando seu próprio fim.
E a natureza, em seus últimos estertores, agoniza...
A crônica deveria terminar aqui. Mas a esperança nunca morre nos corações dos otimistas, que teimam em remar contra a maré para reverter o processo.
E a natureza, tal qual a lendária fênix, há de renascer das cinzas e implantar um novo império com a humanidade mais consciente.

2 comentários:

Anônimo disse...

Hi - I am certainly glad to find this. great job!

Unknown disse...

Obrigada pela visita ao meu blog. Abraço aos membros do Golp, fiéis soldados na defesa literária, espalhando cultura e arte aos 4 cantos!