As reuniões do Grupo Oficina Literária de Piracicaba são realizadas sempre na primeira quarta-feira do mês, na Biblioteca Municipal das 19h30 às 21h30

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Com o escritor Ignacio Loyola Brandão

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Reunião na Biblioteca

domingo, 15 de maio de 2011

Sonhando e Aprendendo


 Adenize Maria Costa

Sempre que viajo ou quando saio do trabalho a noite, olho para a cidade toda iluminada e me recordo de um sonho que tive e tenho certeza absoluta que Deus falou comigo através dele.
Certa vez sonhei que estava na casa da minha irmã em Jundiaí. Conversávamos animadamente e, quando me dei conta, já havia anoitecido e não teria mais ônibus pra voltar. Pensando que na manhã seguinte teria que trabalhar, decidi voltar a pé, cortando caminho e se por acaso conseguisse alguma carona poderia chegar a tempo.
Andava por uma estrada de terra, num lugar ermo, distante da cidade e de repente vi uma bola de luz cair do céu bem ao meu lado. Num primeiro momento tive medo, tentei fugir, me esconder e daquela luz uma voz me dizia: “Não tenha medo. Vim pra te fazer companhia” e eu perguntei: “Quem é você? O que você quer de mim”? E a voz respondeu: “ Eu sou um Anjo. Vim para te acompanhar e para te proteger”. Fiquei meio desconfiada. Olhava para a luz e percebia que seu contorno se assemelhava a uma pessoa, mas não podia ver o rosto.
Percebendo minha desconfiança Anjo, me chamava pelo nome e me fazia recordar de situações vividas na minha infância, para me fazer acreditar que ele era de fato um Anjo e que já me conhecia. Diante disso fui perdendo o medo e respondendo às suas perguntas. Até que o Anjo me disse: “Você já voou”? “É claro que sim”! Respondi.
Ele riu e disse: ”Não! Estou falando de voar sem ser de avião! Eu sei que você nunca voou assim. Quer experimentar?” Disse isso e me estendeu a mão, segurei firme, fechei os olhos e ele rindo e me dizia: “Não tenha medo! Pode abrir os olhos. Nós já estamos voando e logo, logo chegaremos a Piracicaba”.
Depois dessas palavras comecei a me sentir mais segura e a curtir o voo. Fiquei por um tempo observando as estrelas, o céu límpido, sem contar aquela sensação gostosa que dá quando a gente sonha que está voando.
Passado aquele deslumbramento voltamos a conversar, e eu falava a respeito das minhas dificuldades, dos meus problemas , pois naquele momento da minha vida passava por um problema que me tirava a paz.
O Anjo me ouvia em silêncio e de vez em quando eu o olhava para conferir se estava prestando atenção no assunto, mesmo sem poder ver seu rosto, sabia que me ouvia, me sentia segura. De repente ele interrompeu meu discurso e disse: “Adenize, olhe pra baixo. Você reconhece esse lugar”?
“Sim, é a minha cidade”- respondi. E ele completou: “ Está vendo aquele monte de luzes acesas lá embaixo? Imagine que cada luz daquelas representa uma casa e que nessa casa mora uma família e que pelo menos uma pessoa dessa família nesse momento está passando por um problema semelhante ou pior que o seu. Quando seu problema parecer sem solução voe e olhe de cima”.
Nesse momento acordei, olhei o relógio. Tinha tempo de sobra pra me levantar, sentei-me na cama e agradeci a Deus por não desistir de mim, mesmo quando estou dormindo.

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