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Reunião na Biblioteca

quinta-feira, 3 de março de 2011

Castelos da Escócia

Ivana Maria França de Negri

Viajar a bordo de um trem, da Inglaterra até a Escócia, é uma experiência única e fascinante.
Nos vales pastam fofos carneiros, que no inverno, confundem-se com a pastagem esbranquiçada pela geada, entre rios e lagos congelados. As paisagens são de tirar o fôlego.
Edimburgo, a capital, é de uma beleza indescritível, cercada por castelos medievais, construídos sobre as montanhas, por isso a denominação Highlander, terras altas. Caminhar por suas ruas de pedra, é como se estivéssemos gravando cenas do filme “Coração Valente”, rodado naquelas charmosas paragens. Reportamo-nos à época das cruzadas e dos cavaleiros. Por mais que se tente, é impossível não entrar no clima de magia e mistério. Quem não acredita em contos de fadas, visitando Edimburgo e seus inúmeros castelos no alto das colinas, certamente vai começar a crer.
Nos museus, fragmentos de histórias de reis, rainhas, condes, lordes, que viveram suas sagas naqueles pomposos solares e castelos. Tantos dramas, romances, traições, batalhas campais e festas, e aquelas paredes cobertas de musgos, são testemunhas mudas desses acontecimentos. Turistas são praticamente arrebatados para eras remotas.
Em cada esquina, um escocês vestindo a tradicional saia kilt, extrai sons melodiosos e suaves de uma gaita de fole.
O chão rústico é formado de pedras arredondadas e lisas, polidas pelo caminhar ininterrupto dos habitantes em centenas de anos.
Castelos rodeados de canhões e ruínas atestam a veracidade de muitas batalhas. Casas, tavernas, mausoléus, abadias, imagina-se que a qualquer momento personagens de contos de fadas irão surgir dos escuros e estreitos becos. Não é à toa que a escritora J.K. Rowling, autora da famosa série Harry Poter, teve tantas inspirações, morando na Escócia.
Um vento frio e cortante faz a temperatura parecer mais baixa ainda. Às três da tarde já começa a escurecer e às 4 horas já é noite fechada. O alvorecer também demora. O sol é bem preguiçoso no inverno escocês. Quase nunca dá as caras e as tardes são cinzentas e frias. Acostumados que estamos com nosso verão escaldante e colorido, a mudança de clima, para quem viaja no final do ano, é radical.
A arquitetura é harmônica e não existe trânsito caótico como aqui.
Muralhas, monumentos preservados, igrejas, como a catedral de St. Gilles, ruas limpas, canteiros bem cuidados, a parte nova e a antiga convivem em perfeita harmonia.
Histórias não faltam para povoar o imaginário dos visitantes. Reza a lenda que no lago Ness existe um ser remanescente da pré-história, o Monstro de Loch Ness, mistura de tartaruga e serpente com pescoço alongado. Muita gente jura que viu...
Constam das lendas que doze castelos escoceses são mal assombrados. Reis assassinados, rainhas decapitadas, generais montados em seus cavalos, praticantes de magia negra, mulheres rejeitadas, gaiteiros de fole, crianças perdidas, conspiradores, executores, todos se transformaram em fantasmas que vira e mexe vêm assombrar os corredores dos castelos procurando reaver suas vidas.
Lendas à parte, vale a pena conhecer esse lugar cheio de encanto e magia.

7 comentários:

Bie O Prosador disse...

A Ivana não quis só para si a satisfação de que se viu possuída ante tantas maravilhas. Foi feliz no seu pedido "se tiverem um tempinho". O mundo está sem tempo, sem tempo até para coisas tão belas...
Obrigado, Ivana, por se dispor a nos comunicar uma experiência tão encantadora.

Unknown disse...

Parabéns Ivana,
Eu tinha certeza que você ia adorar Edinburgh! Eu que morei só quatro meses lá (e já conhecia a cidade toda!) saí chorando quando tive que me mudar para Nottingham (que depois também passei a gostar). Agora estou esperando uma crônica de Londres. Quero saber quais foram suas impressões da cidade que mais gosto no mundo. Minha orientadora inglesa, nos meus tempos de pós-graduação, dizia para os estrangeiros que nos visitavam:"se você quizer saber alguma coisa de Londres, pergunte ao Claudio. Ele é o que sabe tudo de Londres"( e não é que eu sabia mesmo! a promagração cultural eu sabia inteirinha).
Parabéns mais uma vez! Ainda estou na Holanda. Quando eu voltar para o Brasil quero encontrá-los para ouvir ao vivo suas experiências.
Abraços a todos do nosso querido GOLP
Claudio

Anônimo disse...

Ivana: seu relato é uma preciosidade. Aquele que viajou e conheceu um outro país, um outro povo, carrega uma bagagem a mais na alma, no coração. Parabéns pelo seu belo texto! A gente viaja com você. Meu abraço e toda a minha profunda admiração.
MARISA BUELONI

guerreira disse...

Ivana Querida,
Passeei pela linda Escócia lendo sua crônica. Com a sensibilidade à flor da pele, você ainda coloca mais encanto nesse lugar tão belo!

Anônimo disse...

Ivana:


Impressões de viagem impregnam-se em nossas mentes e nos conduzem para caminhos de sonhos partilhados. Vago pelos castelos assombrados como alma a procura de uma linda lenda escocesa. São fantamas de ficção que habitam fotos que trazemos em álbuns e em nossos registros mentais. Lindas lembranças de viagem para os leitores, vontade de estar lá!!!

Beijos

Carmen

Ivana disse...

Ivana,
Eu sempre digo que viajar é um dos maiores investimentos que fazemos; imagens que jamais se apagam da nossa memória, isso não tem preço. Não poderia deixar de dizer que a foto está muito legal, deixou um ar de mistério o lenço cobrindo seu rosto, muito legal mesmo!

Um abraço!

Ivana Negri disse...

Queridos amigos

Escrevi esta crônica para dividir emoções e também para guardar, em texto, as impressões da viagem antes que elas fossem se diluindo na memória.
Carmen, faltou você na viagem...
Claudio, estou pensando sobre Londres!
Marisa, Gabriel e Maria Cecília guerreira, obrigada

bjos
Ivana


agradeço os comentários