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Reunião na Biblioteca

quarta-feira, 12 de maio de 2010

A paciência nossa de cada dia

A paciência nossa de cada dia
Ivana Maria França de Negri

Paciência é uma virtude, um dom maravilhoso que poucos possuem. E temos diversas oportunidades de praticá-la no dia-a-dia. Mas acabamos não exercitando. Temos “pavio curto”, explodimos por nada e desferimos dardos para todos os lados, não importa quem atingimos.
Temos de ter paciência quando vemos as pessoas agindo como não deveriam agir por ignorarem certas verdades: “Pai, perdoai-lhes, eles não sabem o que fazem...”.
Temos que ter paciência para ouvir as pessoas, mesmo que das suas bocas saiam só asneiras – “Pai perdoai-lhes, eles não sabem o que dizem...”.
Temos que exercitar a paciência, mesmo quando nos sentimos injustiçados, quando lemos inverdades, acusações, blasfêmias, palavras cheias de mágoa, de rancor, de ódio, irmão lutando contra irmão: “Pai, perdoai-lhes, eles não sabem ser benevolentes e nem perdoar...”.
E quem foi o sábio que pronunciou essas palavras? Isso mesmo, Jesus, um inocente que a própria humanidade, essa mesma, dona da verdade, acabou esfolando, açoitando e pregando na cruz com uma coroa de espinhos fincada na fronte. Por não concordarem com sua verdade, calaram sua voz. Mas ela permaneceu inalterável por séculos, porque a verdade não se apaga com a morte do corpo. Ela é eterna.
E haja impropérios, maledicências, como se tudo fizesse parte de uma grande guerra. E cada um quer sair vitorioso, dar a palavra final. E de que adianta ganhar uma guerra de palavras? Assim como nos combates reais de artefatos bélicos, na guerra das palavras todos perdem, todos fracassam, ninguém sai vitorioso.
A vida lateja, pulsa em sangue vivo. Buscamos a verdade numa luta insana. O homem nem sabe mais o que quer, nem sabe ao menos o que procura. E grita, agride, joga seu ácido, seu veneno sob a forma de palavras e mata com seu fel a bondade, a beleza, o respeito, a poesia que ainda teima em sobreviver sob esse manto escuro, isento de luz que é a nossa cegueira mental, nossa ignorância a respeito das leis universais e eternas.
Por que plantar só a discórdia? Por que não espalhar fachos de luz? Por que não disseminar a paz?
É dessa maneira, com os ânimos acirrados que se iniciam as guerras. E nessa hora, os homens se esquecem de tudo e só desejam ver a aniquilação do “inimigo”. Que tristeza ver as pessoas se digladiando por nada. A humanidade tem muito ainda o que aprender.
O homem está preso sob o jugo da inveja, do egoísmo, da truculência, do desamor. A liberdade, as asas angélicas, um dia, cada um as alcançará. Até esse dia, haja paciência para aturar as sandices que grassam neste mundo.
Por que enxergar somente os espinhos e não sentir o perfume da flor?
Por que só ver as pedras no caminho e não ouvir o canto dos pássaros?
Por que não espalhar o amor e o perdão ao invés do ódio e da discórdia?
Paciência...Que Deus nos dê muita paciência! Amém.

Um comentário:

Marisa Bueloni disse...

Que texto maravilhoso, Ivana! Que Deus nos dê a infinita paciência. MInha mãe costumava dizer que "a paciência é tudo nesta vida". Se perdemos a paciência, podemos perder o controle de uma determinada situação. Parabéns pelo texto! Um abraço da Marisa Bueloni